Dornelles sugere incentivar planos de saúde privados, deixando SUS para os mais pobres



O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) sugeriu que sejam incentivados no país os planos e seguros de saúde privados, que já atendem a 40 milhões de brasileiros, levando o sistema público de saúde a se dedicar cada vez mais aos brasileiros mais pobres. Ele tachou de "populistas" as propostas de "alguns brasileiros" de se extinguir o sistema privado, para que todos os brasileiros sejam atendidos nos hospitais públicos.

- De onde o governo iria tirar os 47 bilhões de reais adicionais necessários para atender as pessoas que hoje são filiadas aos planos e seguros de saúde? Na assistência à saúde da população, não há espaço para devaneios que, em vez da eficiência, mirem o populismo - afirmou.

Dornelles entende que interessa ao país o crescimento do sistema privado de saúde e sua integração com o sistema público. Informou que o sistema privado fez, em 2006, 184 milhões de consultas e 6,7 milhões de internações. Já o Sistema Único de Saúde (SUS), público, produziu, no mesmo ano, 422 milhões de consultas e 11,3 milhões de internações.

Ante tais números, continuou o senador, caso prevalecesse a idéia de extinção dos planos e seguros de saúde privados, o governo teria de aumentar em muito os impostos pagos pelos brasileiros. Lembrou, entretanto, que a população já é "sufocada" pela carga tributária.

- Por isso, não há motivos que justifiquem o preconceito contra o sistema de saúde suplementar, que vem proporcionando maior bem-estar para milhares de brasileiros e, dessa forma, contribuindo para o avanço social do Brasil - sustentou Francisco Dornelles.



08/07/2008

Agência Senado


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