Duhalde defende uma maior integração no Mercosul
O ex-presidente da Argentina, Eduardo Duhalde, disse nesta terça-feira (18), durante visita à Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul (CPCM), que o Mercosul vive hoje seu melhor momento. Ele afirmou que é preciso aproveitar a boa relação que existe entre os presidentes do Brasil e da Argentina para aprofundar a integração do bloco.
Duhalde foi recentemente nomeado pelo presidente argentino, Nestor Kirchner, como presidente da Comissão de Representantes Permanentes do Mercosul. O ex-presidente argentino disse ainda que as negociações para a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) e outras tratativas que estão em andamento, não atrapalham a integração regional.
- O processo de integração do Mercosul não pode ser interrompido - declarou. Duhalde teve uma reunião com o presidente da CPCM, deputado Doutor Rosinha (PT-PR), o deputado Júlio Redecker (PSDB-RS), integrante da comissão, e diplomatas argentinos e brasileiros. Depois do encontro, o ex-presidente seguiu para uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Duhalde afirmou que os problemas da integração têm que ser resolvidos com a vontade política das lideranças de todos os países do bloco. Ele defendeu a criação do Parlamento do Mercosul e recebeu do deputado Doutor Rosinha uma cópia do anteprojeto de Parlamento elaborado por uma comissão de técnicos legislativos da Câmara dos Deputados e do Senado. O ex-presidente observou que a primeira legislatura do futuro Parlamento poderia ser eleita indiretamente, pelos Congressos nacionais, idéia acolhida no anteprojeto da CPCM.
O deputado Doutor Rosinha relatou a Duhalde todas as iniciativas conjuntas que estão sendo tomadas para tornar realidade o Parlamento do Mercosul.
- O Parlamento dará maior identidade política ao bloco - afirmou Doutor Rosinha.
O deputado Júlio Redecker defendeu a adoção de medidas para facilitar o comércio entre pequenas e médias empresas no bloco. Atualmente, as operações de exportações precisam ser feitas em dólar. Redecker propôs que os bancos centrais do Brasil e Argentina criem linhas de crédito, nas moedas locais, para as transações entre pequenas e médias empresas.
18/11/2003
Agência Senado
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