É preciso retomar o diálogo para superar crise política e de credibilidade, diz Ana Amélia



A senadora Ana Amélia (PP-RS) disse que o diálogo iniciado entre a presidente Dilma Rousseff, integrantes do Movimento Passe Livre, governadores e prefeitos é importante para administrar e, se possível, superar a crise política e de credibilidade institucional que aflorou no pais.

Em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (24), Ana Amélia disse que é preciso retomar o diálogo com as instituições democráticas, incluindo o Congresso Nacional. Ela afirmou ainda que o governo deverá demonstrar vontade política nos próximos 18 meses para fazer ajustes e atender às demandas da sociedade, expressas nos cartazes das manifestações populares que exigem educação, saúde, transporte público e duro combate à corrupção.

- Este, sim, é o maior legado que a Copa pode deixar ao país – afirmou.

Ana Amélia ressaltou a necessidade de realização urgente de uma reforma política, e disse que os senadores têm cobrado há tempos propostas concretas para modernizar o sistema político com transparência, “indispensável ao combate à corrupção”. Ela observou que esse é um anseio da sociedade, conforme pesquisa recente exibida no domingo (23) pelo programa Fantástico da Rede Globo, segundo a qual a política é uma das maiores preocupações dos entrevistados. A senadora leu mensagem em que um internauta de 20 anos, estudante de computação, defende o voto livre e distrital.

Em tempos de redes sociais, as pressões pela eficiência no uso do dinheiro público são cada vez maiores, disse ainda Ana Amélia, ao ressaltar que esses instrumentos de comunicação também vêm sendo usados pelos políticos “na interatividade para tirar a temperatura e visão real da sociedade”.

A senadora também defendeu a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 48/2012) de sua autoria, que prevê mecanismos de desincompatibilização para evitar o mau uso da máquina pública em favor do candidato que está no poder. Ela disse que a proposta - que se encontra na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) -torna as disputas eleitorais “mais equilibradas, proporcionais e democráticas”.



24/06/2013

Agência Senado


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