Eduardo anuncia que PSDB fechou questão contra o mínimo de R$ 260 e cobra explicações da líder do PT
Em nome da liderança do PSDB, o senador Eduardo Siqueira Campos (TO) comunicou que seu partido fechou questão contra o mínimo de R$ 260 proposto pelo governo e decidiu adotar a emenda sugerida pelo senador Leonel Pavan (PSDB-SC), que reajusta o mínimo para R$ 275. De acordo com o senador, a posição foi tomada no início da tarde desta terça-feira (8) no gabinete do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e é a mesma adotada pela legenda na Câmara. Segundo Eduardo, a bancada considerou que esse valor é viável para o país.
Eduardo informou ainda que o PSDB fechou questão também quanto à obrigatoriedade da presença dos parlamentares no Plenário, para evitar que a proposta que mais beneficia o trabalhador seja derrotada na hora da votação.
- Não comparecer na hora da votação é não apoiar a causa dos trabalhadores - declarou.
O senador pediu ainda explicações à líder do PT, Ideli Salvatti (SC), sobre declarações publicadas pelo Correio Braziliense desta terça, em que ela teria dito não se abalar com os números contrários à aprovação da medida provisória que fixa o mínimo em R$ 260 porque alguns senadores que anunciaram ser contrários à proposta do governo estariam interessados em negociar seu voto. Eduardo disse que não aceitava essa provocação e conclamou os demais senadores a declararem sua posição publicamente. Ele lembrou ter anunciado sua posição na segunda-feira (7) e disse duvidar que venha a ser procurado para mudá-la. O senador também esclareceu ter votado a favor das reformas por entender que o governo precisava daquelas vitórias em seu primeiro ano de gestão.
Em aparte, os senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e Romeu Tuma (PFL-SP) se solidarizaram com a indignação de Eduardo em relação às declarações de Ideli. Antonio Carlos destacou que quem mudar o voto agora ficará em situação suspeita e Tuma disse que as afirmações da líder ferem os princípios éticos do Parlamento.
08/06/2004
Agência Senado
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