Eduardo Azeredo defende projetos ambientais de "seqüestro de carbono"



O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) defendeu incentivos a empreendimentos engajados na desaceleração do processo de aquecimento global, conhecido como -efeito estufa-, a partir do desenvolvimento de técnicas de manejo florestal. A prática do reflorestamento pela indústria, principalmente a siderúrgica, produziria um importante ganho ambiental ao utilizar a cobertura vegetal no -seqüestro de carbono-, gás liberado na atmosfera como resíduo do processamento industrial e que agride a camada de ozônio.

Segundo informou em Plenário nesta quarta-feira (9), o Banco Mundial vem estimulando esse tipo de iniciativa ao financiar empreendimentos ligados ao -seqüestro de carbono- com recursos do Fundo Protocolo do Carbono (PCF). No Brasil, o plantio de eucalipto viria se expandindo com essa finalidade. A exploração da espécie teria sobressaído por reunir, conforme assinalou, vantagens ambientais, ao exercer uma pressão menor sobre a vegetação nativa, e econômicas, relativas ao seu uso na produção de carvão vegetal.

- Além de apresentar um -seqüestro de carbono- suficiente enquanto produção florestal, o eucalipto apresenta saldo positivo mesmo deduzindo-se do -seqüestro- a produção de carbono quando da utilização do mesmo (o eucalipto) na forma de carvão vegetal - ressaltou.

Para atestar a vantagem da cultura na redução da emissão do gás na atmosfera, o senador citou o Projeto Biomassa Cultivada como Fonte de Energia Renovável para a Produção de Ferro-Gusa, desenvolvido pela empresa Plantar em Minas Gerais.

Amparado na experiência da empresa, há 35 anos atuando no plantio de eucalipto, Eduardo Azeredo disse estar comprovado, tecnicamente, que o uso da biomassa cultivada na produção de ferro-gusa evita o despejo de três toneladas de gás carbônico na atmosfera para cada tonelada de ferro-gusa produzida com carvão mineral. É com base nesse resultado que o parlamentar tucano defende a aplicação do projeto em outras regiões fornecedoras de carvão vegetal para a indústria siderúrgica, concorrendo para conservar a vegetação nativa, gerar empregos em áreas carentes e preservar o meio ambiente.




09/04/2003

Agência Senado


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