Eduardo Azeredo: embaixada brasileira em Honduras não deve ser invadida nem utilizada politicamente



Presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, Eduardo Azeredo (PSDB-MG) declarou nesta quarta-feira (23) que a embaixada brasileira em Honduras - onde está abrigado o presidente deposto desse país, Manuel Zelaya - não deve ser invadida por tropas hondurenhas nem utilizada politicamente por Zelaya.

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- Manifesto meu repúdio a qualquer ameaça à integridade da embaixada, que é um pedaço do Brasil - afirmou ele em Plenário, acrescentando que "é assim que funciona conforme a Convenção de Viena".

No entanto, Eduardo Azeredo também disse não ser aceitável que Zelaya dê entrevistas e "busque uma atuação política" enquanto estiver abrigado na embaixada. O senador destacou que, a rigor, o Brasil não concedeu asilo ao presidente deposto, "pois isso só acontece quando alguém vai a uma embaixada e, a partir dali, dirige-se ao país de origem [da embaixada]".

- Não é o que está acontecendo. Ele não se abrigou lá para vir ao Brasil - observou ele, apesar de ressaltar que, "pela tradição brasileira, é importante oferecer abrigo a Zelaya e sua família".

O presidente da Comissão de Relações Exteriores ainda criticou o fato de que, junto com o presidente deposto, teriam entrado na embaixada mais de 100 pessoas. Ele defendeu a retirada dessas pessoas do local.

Ambos "errados"

Para Eduardo Azeredo, tanto Manuel Zelaya quanto o governo que o depôs "estão errados, pois um estava prestes a dar o golpe, mas acabou sofrendo o golpe do outro". Ele avalia que o governo brasileiro agiu corretamente ao se opor à deposição, "mas isso não significa que Zelaya seja um primor como representante da democracia".

- E nós defendemos uma solução democrática - frisou o senador, acrescentando que "Zelaya enfrentou e enfrenta resistências porque pretendeu desrespeitar uma decisão da Corte Suprema de Honduras".

Vários senadores manifestaram apoio a Eduardo Azeredo: Flávio Arns (sem partido-PR), Alvaro Dias (PSDB-PR), José Agripino (DEM-RN) e Arthur Virgílio (PSDB-AM).

Da Redação / Agência Senado

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23/09/2009

Agência Senado


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