Eduardo Braga pede voto de censura ao governo dos EUA



Em pronunciamento nesta segunda-feira (2), o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), anunciou que irá apresentar um requerimento de voto de censura ao governo dos Estados Unidos. O parlamentar manifestou seu “mais veemente repúdio” à espionagem do governo brasileiro por parte do governo americano, ddenunciada pelo programa Fantástico, da TV Globo.

O senador afirmou que as novas denúncias aumentam a importância da CPI aprovada pelo Senado para investigar as primeiras denúncias de espionagem, surgidas em julho. A CPI será instalada nesta terça-feira (3). As novas denúncias sustentam que a presidente Dilma Rousseff teve telefonemas e mensagens na internet interceptados pela Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês), numa “clara e indisfarçável violação dos sagrados princípios de soberania nacional”.

O senador destacou a gravidade das denúncias, que levaram a presidente a convocar o embaixador americano em Brasília, Thomas Shannon. Lembrou também a recusa do vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, à proposta do ministro da Justiça brasileiro, José Eduardo Cardozo, de estabelecer um acordo para interceptação de dados.

- A negativa de Biden deixou evidente a intransigência de seu governo e sua insistência, em nome da segurança nacional dos Estados Unidos, de violar os princípios de soberania das nações, escritos na carta de constituição da Organização das Nações Unidas (ONU), assinada também pelos Estados Unidos – afirmou o parlamentar.

Para Eduardo Braga, “diante dessas manifestações de autoritarismo e intolerância”, só resta ao Brasil adotar providencias capazes de garantir a segurança de dados dentro do território nacional e, no plano externo, recorrer à Organização das Nações Unidas (ONU) e outras instituição multilaterais, para tentar garantir a plena soberania dos países membros.

O parlamentar disse ainda que a atitude abusiva do governo americano “foge completamente ao padrão de confiança esperado de uma parceria estratégica”, como a mantida com os Estados Unidos, e que os detalhes da espionagem “deixam evidente que não há, por parte dos Estados Unidos, nenhum compromisso com essa parceria”.



02/09/2013

Agência Senado


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