Eduardo: educação tem que fazer parte do "núcleo duro" do governo



A demissão do senador Cristóvam Buarque (PT-DF) do Ministério da Educação motivou a reflexão do senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO) sobre a importância da valorização da educação no centro de decisão do governo. Eduardo criticou a divisão entre o que seriam núcleo duro e mole do governo, o primeiro com maior prestígio junto ao presidente.

O parlamentar enalteceu a humildade do ex-senador de reconhecer que "o ministro da Educação não pode, necessariamente, pertencer a um núcleo que não seja o núcleo duro do governo", ou seja, "que ele (Cristovam) não tinha junto à esfera de poder o contato direto que a área da educação merece".

- Nós, que fomos parceiros no momento mais difícil, nos portando como uma oposição construtiva, sobra autoridade para nosso partido para dizer que queremos um governo inteiro de núcleo duro, de pessoas competentes, de pessoas reconhecidas. Porque senão podemos chegar à conclusão de que tem assuntos que não merecem ministérios e pessoas que também não mereçam ser ministros, mas que, em função de uma derrota eleitoral ou de uma composição política, estejam ali - disse Eduardo, ressalvando "a formação e o caráter indiscutíveis" de Cristovam, assim como seu reconhecimento internacional na área da educação.

O senador felicitou o governo "por trazer para o núcleo duro a área da educação", já que a situação anterior, para ele, era inconcebível. Ele disse acreditar que o novo ministro, Tarso Genro, irá cumprir as promessas que Cristovam fez no Tocantins, de privilegiar em sua gestão o combate ao analfabetismo. Em aparte, o senador Edison Lobão (PFL-MA) manifestou a mesma crença.

Eduardo ainda defendeu uma profunda reforma na educação superior brasileira, na qual sejam identificadas formas de financiamento dos estudos das camadas mais pobres da população. Ele também enalteceu a atividade parlamentar do senador Eurípedes Camargo (PT-DF), que deixa o mandato em função da volta de Cristovam ao Senado. Em aparte, o senador João Capiberibe (PSB-AP) disse que o país perde a oportunidade de se desenvolver por não ter autonomia quanto à sua política econômica.



26/01/2004

Agência Senado


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