Eduardo elogia programa de distribuição de remédios anti-Aids
Eduardo lembrou que a Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a iniciativa brasileira por 52 votos contra uma abstenção, dos EUA. Para o senador, esse tipo de postura dos norte-americanos, que também não assinaram o protocolo de Kioto sobre emissão de poluentes na atmosfera, fez com que os EUA perdessem assento na comissão, em decisão tomada na quinta-feira (dia 3).
- Pela primeira vez na história, os EUA foram excluídos da Comissão de Direitos Humanos, por tentar fazer prevalecer pontos de vista meramente econômicos em questões humanitárias, como é o combate à Aids - afirmou Eduardo, considerando que o embate travado com o Brasil foi "a gota d"água" que determinou a saída dos EUA da comissão.
Em aparte, o senador Ramez Tebet (PMDB-MS) louvou a decisão do governo de produzir medicamentos genéricos e de quebrar patentes de remédios do coquetel anti-Aids. Ele ressaltou que os medicamentos lideram as altas de preços, mas que o Brasil tomou a posição de "enfrentar a ganância dos poderosos, em defesa das nações pobres do mundo".
Por conta das posições adotadas pelos EUA, Eduardo voltou a propor que o Senado reveja o acordo bilateral assinado com aquele país para uso da base de lançamento de foguetes de Alcântara (MA), que será apreciado na Casa em breve.
BANCO DE LEITE
Em seu discurso, Eduardo também elogiou o programa do banco de leite, desenvolvido pelo Instituto Fernandes Figueira, da Fundação Instituto Osvaldo Cruz, que irá receber prêmio da Organização Mundial de Saúde (OMS) no próximo dia 17, em Genebra.
- O leite, antes de pasteurizado, é armazenado em frascos de maionese, café solúvel, que antes eram desperdiçados, preparados para esse fim. Antes da implantação do programa, apenas 5% dos lactentes tinham acesso ao leite materno. Esse número subiu para 80% por causa desse programa brasileiro, que está sendo exportado - destacou.
Eduardo comentou ainda os resultados da comissão presidida pelo reitor pro tempore da Universidade Federal do Tocantins (UFTO), Eurípedes Falcão Vieira, que recomendou que todos os cursos e campi da universidade estadual sejam encampados pela nova instituição de ensino, criada recentemente em lei aprovada no Senado.
- A recomendação da criação da universidade no modelo multi-campi é uma grande vitória para a nossa comunidade acadêmica. Estaremos acompanhando a conclusão dos trabalhos da comissão junto ao Ministério da Educação, para garantir o aproveitamento de todos os campi e de todos os alunos - declarou o senador, que comemorou ainda o anúncio da realização do primeiro vestibular da UFTO e do curso de Medicina.
04/05/2001
Agência Senado
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