Eduardo Siqueira Campos pede recursos para eclusa do Lageado
O senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO) pediu nesta segunda-feira (29) que o governo federal libere recursos para a conclusão da eclusa (diques que permitem a descida ou subida de embarcações em um desnível de um canal ou um rio) da Usina Hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães, ou Usina do Lageado, no Rio Tocantins. Segundo o parlamentar, a eclusa diminuiria em demasia o custo do transporte dos produtos do Centro-Oeste com destino ao hemisfério Norte.
De acordo com Eduardo, o escoamento da produção de soja do Tocantins -é um drama, uma lástima-, já que é feito por via rodoviária, em direção aos portos de Santos (SP) ou Paranaguá (PR), a um custo mínimo de US$ 30 por tonelada.
- Se concluídas as obras da eclusa, teríamos 700 quilômetros de navegação até o terminal da Ferrovia Norte-Sul, na cidade de Aguiarnópolis (TO). Lá já está praticamente pronta uma plataforma multimodal, para conexão das barcaças com ferrovia, levando a produção até porto de Itaqui, no Maranhão - afirmou o parlamentar, ressaltando que o porto é o mais próximo da Europa e dos Estados Unidos.
O parlamentar citou frase do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita ao Tocantins. Na ocasião, Lula afirmou que -a pior obra é a obra paralisada-. Eduardo lembrou que a eclusa já teve 4 mil operários trabalhando em sua construção. O senador acrescentou que a eclusa não enfrenta empecilhos de ordem ambiental nem tem qualquer ressalva no âmbito do Tribunal de Contas da União (TCU).
O representante tocantinense no Senado afirmou ainda que a bancada de seu estado destinou, no orçamento da União, recursos para a construção da obra, considerada por eles prioritária. Mas alertou que até agora, no final do mês de julho, o governo federal gastou apenas 2,7% dos R$ 9 bilhões previstos para investimentos. Ele informou ter enviado ao ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Guido Mantega, um pedido formal solicitando liberação dos recursos para a obra.
Eduardo Siqueira Campos informou que Mantega e o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, estiveram em Palmas para discutirem com a população as obras consideradas estratégicas para o Plano Pluri-Anual (PPA), que norteará a ação governamental nos próximos anos.
O senador manifestou ainda sua solidariedade aos governadores, ao apoiar o compartilhamento, entre União e estados, da Contribuição Permanente sobre Movimentação Financeira (CPMF) e da Contribuição Incidente sobre Domínio Econômico (Cide), na nova estrutura tributária a ser criada no país após a reforma.
Em aparte, o senador José Jorge (PFL-PE) reconheceu que quase todas as obras federais estão paralisadas, inclusive o metrô do Recife.
29/07/2003
Agência Senado
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