Eduardo Suplicy saúda participação de Antonio Candido na Flip
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), em discurso nesta quinta-feira (7), saudou a abertura da Feira Literária Internacional de Paraty (Flip), no Rio de Janeiro, ocorrida na noite anterior. Na ocasião, foi realizada conferência sobre o escritor Oswald de Andrade (1890-1954), com a participação do professor Antônio Candido de Melo e Souza, que tem 92 anos e foi amigo do escritor.
Suplicy elogiou Antonio Candido, crítico atuante não só na vida literária, como também na política: foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores, em 1980. É autor de trabalhos basilares para se entender o funcionamento da sociedade e da literatura brasileiras, salientou o senador, mencionado as obras Formação da literatura brasileira e Literatura e Sociedade.
Seu trabalho, disse Suplicy, inaugurou uma crítica sociológica moderna no Brasil. Segundo ressaltou, as análises de Cândido sabem dar prioridade ao texto, iluminando-o em suas múltiplas faces, sem submetê-lo a ideologias prévias ou reduzi-lo a teorias e contextos.
- Trata-se da maior figura da crítica e da pesquisa em literatura do século 20 e 21 no Brasil - disse o senador.
Antes da abertura, Antonio Candido deu uma entrevista coletiva quando, segundo Suplicy, foi possível relembrar a erudição, a sensibilidade e a precisão conceitual do "querido mestre e amigo".
- Um homem de 92 anos que vive, sente e pensa o seu tempo - declarou.
Entretanto, lembrou Suplicy, Candido não quis falar sobre a política brasileira atual - "não me provoque, eu sou Candido mas não cedo a provocações", disse o intelectual -, nem sobre literatura contemporânea, pois afirmou não estar atualizado.
A respeito de Oswald de Andrade, Antonio Candido explicou que ficaram amigos a partir de um ensaio que fez sobre uma obra do escritor.
Reforma administrativa
Eduardo Suplicy também parabenizou o relator da proposta de reforma administrativa (PRS 96/09), senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), pela aprovação da matéria na noite de quarta-feira.
Agora, o projeto será analisado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
07/07/2011
Agência Senado
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