Efraim diz que trabalhará contra cobrança da Previdência dos inativos



Ao comentar que o idoso brasileiro tem sido historicamente negligenciado por sucessivos governos, há muitas décadas, o senador Efraim Morais (PFL-PB) informou que quando a reforma da Previdência for analisada pelo Senado ele lutará contra a cobrança previdenciária para os inativos, por entender que o déficit da Previdência não poderá ser pago por quem já trabalhou e contribuiu durante toda a vida.

O senador pela Paraíba contestou a justificativa apresentada pelos que defendem a contribuição dos inativos, de que estes teriam menos despesas que os trabalhadores da ativa e que este conceito é aplicado nos países desenvolvidos. Efraim lembrou que, diferente do que ocorre no Primeiro Mundo, o inativo brasileiro não pode contar que o Estado lhe garanta assistência médica e uma remuneração que possibilite acesso a moradia, remédio e três refeições diárias.

Outro aspecto abordado por Efraim Morais foi o de que, no Brasil, quanto mais velha a pessoa, mais caro e restritivo se torna o plano de saúde. Ele lembrou que é justamente a partir dos 50 anos que a pessoa passa a depender de assistência médica constante e de uso de medicação continuada, geralmente precisando consumir remédios com preços altos e que têm reajustes periódicos.

- No Brasil, lamentavelmente, o idoso é apenas uma referência estatística, tratado como um óbice às contas da Previdência, um entrave ao exercício contábil dos tecnocratas. Da mesma forma, as viúvas e pensionistas são tratadas como um estorvo contábil, como se fossem detentoras de privilégio ilegítimo. Não são - afirmou Efraim Morais.

Em aparte, o senador Leomar Quintanilha (PFL-TO) concordou que o idoso não pode ser escolhido como o vilão do desequilíbrio das contas da Previdência. Apesar de reconhecer que não possui uma -fórmula mágica- para resolver o problema previdenciário, ele comprometeu-se a colaborar com as discussões quando a reforma for encaminhada para exame do Senado.



06/08/2003

Agência Senado


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