Efraim e Mozarildo destacam papel dos maçons na formação da Nação brasileira



Em discursos durante a sessão especial que comemorou o Dia do Maçom os senadores Efraim Morais (DEM-PB) e Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), autores do requerimento de realização da homenagem, destacaram o papel dos maçons na formação da Nação brasileira. Citaram a atuação da organização em diversos eventos históricos, desde a Independência do Brasil, a libertação dos escravos, a proclamação da República, até os dias de hoje.

Efraim Morais disse que é impossível contar verdadeiramente a história do Brasil sem reservar capítulos extensos à Maçonaria.

- Não obstante, a historiografia oficial brasileira continua a ser devedora dos maçons. Não lhes dedica a atenção necessária, desprezando a marca que essa instituição deixou no DNA nacional, comparável apenas à da Igreja Católica - declarou.

Para Efraim Morais, o Dia do Maçom, 20 de agosto, "por sua relevância histórica, deveria constar do calendário cívico do país" e, ainda, "as personalidades nacionais inscritas no Panteão dos Heróis da Pátria deveriam ser identificadas como maçons, já que agiram sob a inspiração e orientação daqueles princípios éticos permanentes".

Ao falar sobre o papel da maçonaria na formação das principais nações americanas, Efraim Morais lembrou que eram maçons os líderes norte-americanos Thomas Jefferson, Benjamin Franklin, George Washington, entre tantos outros.

- Eram também maçons nossos pais fundadores, entre outros, José Bonifácio de Andrade e Silva, Joaquim Gonçalves Ledo, dom Pedro 1º e Evaristo da Veiga - disse o senador.

Na opinião do representante da Paraíba, a maçonaria trabalha "pelo aprimoramento do ser humano, no sentido do desenvolvimento de suas virtudes morais, intelectuais e espirituais".

Liberdade

Primeiro signatário do requerimento de realização da sessão, Mozarildo Cavalcanti, por sua vez, lembrou que desde a sua origem no Brasil, a maçonaria guia-se pelos princípios da igualdade, fraternidade e liberdade. O senador acrescentou que a luta pela liberdade assume relevância no Brasil hoje, pois, como lembrou, o "Brasil atravessa algumas ambigüidades, sejas no campo do Direito, da Justiça e das liberdades individuais".

Mozarildo defendeu mais investimentos nas Defensorias Públicas, instituídas pela Constituinte de 1987 para garantir os direitos individuais dos pobres, os que "não tem dinheiro para contratar advogados".

- Mesmo estados ricos como São Paulo não têm defensores suficientes - declarou o senador.

Ele defendeu que os maçons divulguem o trabalho da maçonaria de forma a acabar com a idéia de que a organização é uma sociedade secreta. Entre os aspectos da maçonaria que merecem maior divulgação, segundo Mazarildo, está o respeito à mulher.

- Muita gente pensa que a maçonaria é uma espécie de "Clube do Bolinha", que a mulher não participa, que a mulher não entra. Basta dizer que nós só entramos para a maçonaria se a nossa mulher concordar. Quer maior demonstração do que essa, de quenossa ordem prioriza a mulher? - argumentou Mozarildo.

O senador também lembrou que a maçonaria no passado foi perseguida pela Igreja Católica até que o Papa João 23 acabou com a perseguição e pediu perdão aos maçons "pelos horrores que a Igreja Católica fez no passado contra os maçons", registrou Mozarildo.



20/08/2008

Agência Senado


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