Efraim pede que o governo seja sensível com o sofrimento do Nordeste



Após ler artigo publicado na edição desta quarta-feira (28) do Jornal do Brasil, intitulado "O governo não olha para o céu", onde o jornalista Villas-Bôas Corrêa critica o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu governo pelo descaso com que vêm tratando a situação de calamidade pública que vigora em vários estados nordestinos devido às fortes chuvas que atingem a região, o senador Efraim Morais (PFL-PB) apelou ao presidente e seus ministros que tratem a questão com maior sensibilidade.

Efraim Morais comparou que enquanto o governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima, procura atender os desabrigados com os poucos recursos disponíveis e nomeou secretários do estado para coordenar o socorro à população, o governo federal sequer enviou algum dos seus ministros para visitar as localidades mais atingidas pelas chuvas.

- Até às 13 horas desta quarta-feira (28) 13 paraibanos tinham morrido e mais de 7 mil pessoas estavam desabrigadas no estado. Mesmo assim, o presidente Lula prefere se encantar com desfiles na Índia e ficar aguardando a inauguração do Airbus que já está encomendado ao preço de US$ 56 milhões. O governo do PT tem que, pelo menos, ter sensibilidade com o ser humano que está sofrendo - afirmou Efraim Morais.

Em aparte, o senador Mão Santa (PMDB-PI) citou vários municípios do Piauí onde o governador do estado, Wellington Dias, já decretou estado de calamidade pública, entre eles Fronteiras, Arraial, Francisco Aires, Picos e Floriano. Já o senador João Tenório (PSDB-AL) opinou que a falta de solidariedade do governo federal acontece não apenas nos momentos de muita chuva, mas também quando a região nordestina é castigada pela seca.

Por sua vez, o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) informou que a bancada nordestina e mais os três senadores que representam o estado de Minas Gerais, em reunião realizada na tarde desta quarta, decidiram solicitar audiência ao presidente Lula para pedir a revitalização da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Ele comentou que se o órgão já estivesse funcionando, pelo menos as situações mais emergenciais que atingem a região já teriam sido solucionadas.



28/01/2004

Agência Senado


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