Eletronuclear vai reforçar ações contra deslizamentos de terra nas usinas de Angra



A Eletronuclear pretende reforçar as ações de prevenção a deslizamentos de terra e enchentes na área onde estão instaladas as usinas nucleares brasileiras, em Angra dos Reis (RJ). A revisão dos processos de segurança, no entanto, não está relacionada à parte tecnológica das usinas, assegurou nesta terça-feira (29) o coordenador de Comunicação e Segurança da Eletronuclear, José Manuel Diaz Francisco.

Ele explicou que a estatal mantém um monitoramento constante da área no entorno das usinas, mas que, agora, pretende contratar uma empresa para fazer, de forma independente, a verificação desses pontos.

A Eletronuclear também estuda a possibilidade de construir dois píeres para que a população de Angra dos Reis também possa deixar a região por navios, em caso de acidente nuclear.

O plano atual prevê apenas a evacuação por rotas terrestres, que incluem a rodovia federal Rio-Santos e a estrada estadual que liga Angra dos Reis à Rodovia Presidente Dutra. A saída por mar seria mais uma alternativa de fuga. A empresa já tem estudos para construção dos atracadouros.


Novas fontes de energia

Outro ponto em discussão é a criação de mais alternativas de suprimento elétrico. As usinas nucleares podem receber energia pelas linhas de transmissão atuais e por geradores a óleo diesel.

A Eletronuclear também estuda, como alternativa, a construção de uma pequena central hidrelétrica (PCH) na região ou a instalação de uma turbina a gás.

“Temos estudos em andamento para buscar mais alternativas, apesar de hoje nós atendermos a todas as especificações de projeto, as exigências do órgão regulador brasileiro, que é a Comissão Nacional de Energia Nuclear, e as melhores práticas dadas pela Agência Internacional de Energia Atômica, que é um órgão das Nações Unidas", disse o diretor.

José Manuel Diaz Francisco lembrou que todos esses projetos demandam licenciamento ambiental. No caso dos píeres, por exemplo, a obra envolveria dragagens para acesso de barcos maiores.

“Não é um processo imediato. É uma interferência [no meio ambiente] e tem que ser considerada”. O mesmo ocorre em relação à PCH. “Enquanto eu não tenho o processo desenvolvido, não posso dar prazos”.


Fonte:
Agência Brasil



30/03/2011 11:28


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