Em 2003, Senado venderá livros em todo o país
No próximo ano, a Secretaria Especial de Editoração e Publicações (Seep) vai viabilizar, por meio de contratos com distribuidoras e livrarias, a venda dos 134 títulos publicados pela Editora do Senado por todo o país, para facilitar o acesso dos leitores a essas obras, especialmente as do Conselho Editorial da Casa.
A autorização foi dada no final de outubro por Ato da Comissão Diretora que leva em consideração -a necessidade de tornar mais acessíveis aos cidadão as publicações editadas pelo Senado- e determina que o preço de capa deve ser compatível com a finalidade de tornar as obras culturais mais acessíveis à população, sem onerar o erário-.
O diretor da Seep, Júlio Werner Pedrosa, anunciou que os primeiros contratos serão celebrados no próximo dia 28 de novembro, durante as comemorações do aniversário da Seep. Ele esclareceu que a medida não vai representar alteração no preço final dos livros hoje praticado para a população, pois a margem de lucro da livraria será embutida no valor.
- Vamos conseguir atingir leitores tanto nas capitais como no interior. Além disso, essa possibilidade vai representar economia processual, já que, hoje, os pedidos individuais burocratizam a venda. Algumas pessoas até se desanimam de fazer pedidos pela dificuldade que encontram - afirmou Júlio. Atualmente, é necessário que a pessoa faça o depósito antecipado na conta única do Tesouro Nacional e remeta o comprovante à Seep que, então, envia a publicação.
O diretor da Subsecretaria de Edições Técnicas, Raimundo Pontes Neto, responsável pela venda dos livros, explicou à Agência Senado que, atualmente, a Editora não tem condições de fazer a distribuição das obras, parte mais complexa da indústria de livros.
- Nossa estrutura em Brasília não tem condições de distribuir e comercializar obras por todo o Brasil. Daí o fato de somente vendermos as publicações no próprio Senado, nas feiras de livros das quais a Casa participa ou pelos Correios - afirmou Neto.
A ampliação da distribuição já havia sido testada anteriormente por meio da editora da Universidade de Brasília, mas, segundo Neto, não foram alcançados os resultados esperados. Para formalizar os contratos, Neto informou ainda que foi criado um selo para identificar as livrarias e distribuidoras credenciadas pelo Senado.
- Queremos ter, em cada estado, diversos pontos em que a pessoa possa encontrar nossos livros. Se eles não estiverem disponíveis imediatamente, por meio de pedidos das livrarias, poderemos remetê-los em poucos dias - disse Neto, esclarecendo que não haverá limite para o número de livrarias e distribuidoras credenciadas pelo Senado.
Neto prevê que a tiragem dos livros não tenha que ser ampliada significativamente em uma primeira etapa, pois acredita que cada livraria deve fazer pedidos modestos, até mesmo para avaliar com precisão a boa aceitação que as obras do Senado têm no mercado.
Caso a demanda cresça ainda mais, Júlio Pedrosa garante que a Editora do Senado tem condições técnicas de atender a todos os pedidos.
A lei de licitações prevê o credenciamento aberto a quem quiser participar, por meio de contrato, que pode ser estendido à distribuição dos livros, desde que obedecidas as condições e exigências, como a apresentação de certidões do INSS, do FGTS e toda a documentação habitual para negócios com o setor público, esclareceu Neto.
11/11/2002
Agência Senado
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