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Ficou acertado que serão eliminadas do Orçamento as 95 emendas individuais de parlamentares colocadas no Anexo de Metas e Prioridades, motivo de pesadas críticas do PSDB, pois elas teriam beneficiado menos de 16% de todos os deputados e senadores.

Líderes da base do governo conseguiram convencer integrantes da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) que os R$ 534 milhões destinados a projetos e programas citados no Anexo de Metas sejam distribuídos entre os 27 estados. Para isso, as bancadas estaduais vão indicar os novos projetos que querem ver no orçamento.

O PSDB e o DEM concordaram a princípio com a redistribuição das verbas, mas querem ver os cálculos sobre quanto cada estado receberá. Os cálculos ficaram prontos à noite e serão apresentados aos líderes oposicionistas às 9h desta quinta.

À espera do acordo, Garibaldi Alves adiou para as 10h desta quinta (6) a sessão do Congresso convocada para quarta (5) para votar o orçamento. O líderes do PSDB e DEM no Senado, Arthur Virgílio (AM) e José Agripino (RN), disseram à noite à imprensa que preferem a sessão na próxima terça-feira (11) pois, assim, terão tempo para examinar a solução sobre o Anexo de Metas.

- Na prática, o Anexo de Metas e Prioridades deverá ser extinto - afirmou em entrevista, depois da última reunião do dia, às 22h30, o líder do PT na Câmara, deputado Maurício Rands (PE). Para ele, o importante é que o orçamento agora seja votado com rapidez, depois de 80 dias de atraso provocado pelo fim da cobrança da CPMF, que retirou R$ 39 bilhões das receitas federais.

Ao deixar o Senado, à noite, Garibaldi Alves disse acreditar que "o bom senso vai prevalecer" na reunião da manhã desta quinta entre os líderes da base do governo e da Comissão de Orçamento com as lideranças do PSDB e do DEM.

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