Em encontro com Obama, Dilma afirma que desequilíbrio cambial prejudica países emergentes



A presidenta Dilma Rousseff reafirmou nesta segunda-feira (9), após encontro com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na Casa Branca, em Washington, sua preocupação com o desequilíbrio cambial causado pelas políticas monetárias expansionistas dos países desenvolvidos. Segundo ela, estas políticas comprometem o crescimento dos países emergentes.

“Essas políticas monetárias solitárias, no que se refere à políticas fiscais, levam à desvalorização das moedas nos países desenvolvidos, levando ao comprometimento do crescimento dos países emergentes. Consideramos que o papel dos Estados Unidos nessa conjuntura e neste mundo multilateral que vem surgindo é muito importante”, afirmou.

Segundo a presidenta, os Estados Unidos têm um papel importante na contenção da crise e na retomada do crescimento econômico.

“A grande flexibilidade da economia norte-americana, a liderança na área de ciência, tecnologia e inovação tida pelos Estados Unidos e, ao mesmo tempo, as forças democráticas que fundam a nação americana tornam importante, muito importante os Estados Unidos, tanto na contenção da crise quanto na retomada da prosperidade”.

Dilma abordou o crescimento das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos e disse que o investimento brasileiro nos Estados Unidos já equivale a quase metade dos investimentos feito por norte-americanos no Brasil.

“O Brasil e os Estados Unidos têm crescentemente estreitado as suas relações comerciais e consubstanciado os investimentos recíprocos entre Brasil e Estados Unidos. O investimento brasileiro nos Estados Unidos, o investimento direto, já chega a 40% do total do investimento americano no Brasil”.

Durante o encontro, a presidenta Dilma convidou Barack Obama a participar da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que será realizada em junho no Brasil.

 

Fonte:
Blog do Planalto



09/04/2012 20:20


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