PARA JUVÊNCIO, PROTECIONISMO DE PAÍSES RICOS PREJUDICA EMERGENTES
Os países emergentes estão em situação de desvantagem na competição com os países desenvolvidos, principalmente no setor agrícola. A avaliação, do senador Juvêncio da Fonseca (PMDB-MS), é baseada no protecionismo econômico adotado por países ricos, que oferecem subsídios à produção nacional, além de taxar produtos similares de origem estrangeira.- Se há produção da mesma natureza naquele país, são criadas barreiras fiscais. Ao mesmo tempo, esses países não importam produtos que tenham qualquer tipo de defesa fiscal no país de origem. São dois pesos e duas medidas e não há qualquer solidariedade com relação aos países mais pobres - afirmou Juvêncio da Fonseca nesta segunda-feira (dia 22).O entendimento do senador coincide com o manifestado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso durante reunião dos chefes de estado do Mercosul realizada no último domingo. Juvêncio da Fonseca elogiou as declarações do presidente que, segundo ele, pode estar sinalizando um novo rumo nas relações de comércio com o resto do mundo.Para o senador, a mudança requer uma nova atitude do Brasil, que deve usar melhor a força que tem no cenário econômico internacional para fazer valer seus interesses.- Precisamos sentar nas mesas de negociação e saber jogar com os grupos econômicos internacionais. Temos que jogar mais duro. Seguir a cartilha do FMI (Fundo Monetário Internacional), que vem sendo criticada por todos, pode não ser o melhor caminho - ponderou Juvêncio da Fonseca.O senador, que chegou do Mato Grosso do Sul - estado com forte atividade agrícola - para seu primeiro mandato no Senado Federal acredita que, caso o Brasil consiga usar os mecanismos disponíveis nas negociações, poderá ocupar melhor posição no comércio com os países mais ricos.- Temos que acreditar na nossa força econômica. Ou não estão acreditando, ou estão com medo de jogar - afirmou o senador, referindo-se à situação deficitária da balança comercial do país nos últimos anos.
22/02/1999
Agência Senado
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