Em setembro, estoque da Dívida atinge R$ 1,808 trilhão



O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) apresentou crescimento de 2,28% em setembro em comparação com o mês de agosto. O valor passou de R$ 1,768 trilhão para R$ 1,808 trilhão. As emissões da DPF foram de R$ 23,83 bilhões e os resgates de R$ 12,16 bilhões, o que resulta numa emissão líquida de R$ 11,67 bilhões.  

Segundo o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, o volume de emissões registradas em setembro se deve ao baixo número de vencimentos de títulos no segundo semestre. “Vencimento menores implicam naturalmente em uma menor necessidade de recursos por parte dos agentes de mercado, ou seja, por uma menor demanda por títulos”, avaliou. Garrido ressaltou ainda que a crise internacional não tem afetado a demanda por títulos.  

O coordenador-geral da Dívida observou também a tendência de queda das taxas de juros cobradas nos títulos pré-fixados. Segundo ele, no primeiro leilão de setembro, realizado no dia 1º, por exemplo, as Letras do Tesouro Nacional (LTN) com vencimento em janeiro de 2014 foram vendidas com taxas de 11,16%. No último leilão de setembro (29), essa taxa foi de 11,10% e no leilão do dia 20 de outubro, a taxa foi de 10,91%. “As expectativas de mercado em relação às trajetórias de inflação são um dos principais fatores que levam a essa queda nas taxas”.    

Composição 

A parcela de títulos com remuneração prefixada da DPF aumentou de 34,82% em agosto para 35,24% em setembro e os títulos indexados a índices de preços passou de 28,59% para 28,44%. Já os títulos remunerados pela taxa flutuante (LFTs) tiveram sua participação reduzida, passando de 32,49% para 31,71%.  

Segundo Garrido, os títulos prefixados ainda estão abaixo do previsto para dezembro, conforme os indicadores que mostram mínimo de 36% e máximo de 40%. “Nossa previsão é de que ao final do mês de dezembro, todos esses indicadores estejam dentro das bandas divulgadas em janeiro”.  

Detentores 

O percentual de participação de não-residentes na DPFMi apresentou redução, passando de 11,75% em agosto para 11,29% em setembro. Para Garrido, a queda é explicada pelo aumento da emissão líquida e pela diminuição do volume absoluto de títulos detidos pelos não-residentes. “Ao final de agosto, esses investidores detinham títulos no volume de R$ 198,5 bilhões e esse volume caiu para R$ 194,6 bilhões em setembro, uma queda de aproximadamente R$ 4 bilhões”.  

Perfil e Custo 

Os vencimentos da DPF para os próximos 12 meses apresentaram aumento, passando de 23,47% em agosto para 24,9% em setembro. O custo médio acumulado nos últimos 12 meses aumentou em 0,72 p.p., passando de 12,25% a.a. em agosto para 12,97% a.a. em setembro. O custo médio da DPMFi também apresentou elevação, passando de 12,62% a.a. em agosto para 12,79% a.a. em setembro.  

Tesouro Direto

As emissões do programa em setembro atingiram o montante de R$ 279,66 milhões. Os títulos mais demandados pelos investidores foram os títulos indexados a índice de preços, representando 59% do montante vendido. Em relação ao número de investidores, o programa acumulou 263.647 participantes, sendo 4.679 cadastrados em setembro.  


Fonte:
Ministério da Fazenda



31/10/2011 16:12


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