Embrapa e centro de pesquisa da Coreia do Sul firmam contrato



“Adaptação e desenvolvimento da estrutura e técnicas de controle ambiental e redução do uso de energia para a produção vegetal em sistema de cultivo protegido” é o título do Projeto de Cooperação Técnica (PCT) recentemente aprovado, com um orçamento total de US$120.000,00 e que prevê ações conjuntas entre a Embrapa Hortaliças (Brasília, DF) e o Centro Internacional de Cooperação Tecnológica (ITCC) da Rural Development Administration (RDA), centro de pesquisas agrícolas da Coreia do Sul, a partir de contrato firmado entre as duas instituições.

Os caminhos que foram percorridos até chegar ao acordo de cooperação tiveram como ponto de partida o workshop que reuniu cientistas dos dois centros de pesquisa na cidade coreana de Suwon, em março de 2013.

Nessa ocasião, de acordo com o pesquisador e chefe-adjunto de Pesquisa & Desenvolvimento Ítalo Guedes, que apresentou o seminário “Oportunidade de parceria em pesquisa em cultivo protegido com a Coreia do Sul”, onde pontuava a importância da troca de experiências entre os dois países, envolvendo o uso da tecnologia, foi possível conhecer o quanto a Coreia do Sul avançou, em tempo relativamente curto, na tecnologia de produção agrícola sob ambiente protegido.

“O objetivo da viagem àquele país foi a busca da expertise coreana em cultivo protegido e as discussões nesse sentido aconteceram durante visita à Estação Experimental de Horticultura Protegida, pertencente ao RDA,na cidade de Busan, ao sul da Coreia”, anota o pesquisador.

Segundo Ítalo Guedes, lá foram acertados os tópicos da cooperação, como otimização de estruturas de cultivo protegido e controle de temperatura com técnicas economizadoras de energia, tópicos ainda pouco estudados e desenvolvidos no nosso País, mas já bem avançados na Coreia do Sul, onde a agricultura protegida é científica e tecnologicamente bastante desenvolvida, principalmente com relação à automação, uso eficiente de insumos e controle de pragas e doenças.

Projeto

Por suas condições de maior País na área tropical do mundo, o Brasil apresenta grande variabilidade de clima e solo ao longo do seu território. Utilizado desde o sul da região Sul ao norte tropical da Amazônia, o cultivo protegido, em razão dessas peculiaridades regionais, mostra práticas bastante diferenciadas.

“A inexistência de pesquisas públicas com abordagem na otimização da estrutura de estufas para essas diferentes condições, um conhecimento que se faz necessário para prevenir o seu uso inadequado, dimensiona a importância de termos acesso a processos mais avançados”, explica Guedes.

Com base nesse pressuposto, o Plano de Trabalho do projeto prevê a capacitação de pesquisadores brasileiros em técnicas para otimização do cultivo protegido e controle e monitoramento de temperatura interna; e desenvolvimento de técnicas para otimização das estruturas e controle climático interno em estufas adaptadas às condições brasileiras.

Em março próximo, as linhas gerais do projeto serão apresentadas pelo pesquisador durante workshop que será realizado no Brasil com a participação de pesquisadores brasileiros e coreanos, “uma oportunidade para discutir mais profundamente deficiências e prioridades, bem como acertar o começo das atividades previstas no projeto aprovado”.

Fonte:
Embrapa



16/01/2014 12:03


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