Embrapa e Pesagro vão recuperar solos devastados pela enxurrada no Rio



Parceria firmada nesta quarta-feira (26) entre a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro Rio) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vai permitir a recuperação de culturas agrícolas dos solos devastados pelas chuvas na região serrana fluminense. 

O objetivo é recuperar os solos que foram arrastados por força da enxurrada ou que, de alguma maneira, receberam material, como areia e entulho, vindo de outras regiões, situação que acabou modificando as condições das regiões atingidas e prejudicando a possibilidade de produtividade daquela área.

Segundo o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, os pesquisadores vão definir o tipo de investimento que o estado do Rio e os produtores vão fazer para a recuperação dessas áreas, se utilizando de financiamentos de instituições como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Brasil (BB). 

As equipes iniciarão as vistorias nesta quinta-feira (27), cumprindo um roteiro previamente definido. Já foi mapeado o contingente de propriedades que está mais sujeito a esse tipo de problema e os técnicos irão a campo, identificando situações bastante diferenciadas umas das outras e propondo um conjunto de medidas a serem executadas imediatamente. 

Primeiro, serão visitadas as comunidades rurais de Sebastiana e Vieira, em Teresópolis, e Conquista e Salinas, em Nova Friburgo. Essas áreas foram identificadas como as que tiveram um impacto maior das chuvas. Todo esse complexo é responsável por boa parte da produção daquela microrregião. 

Áureo disse que o que for estudado como solução para essas comunidades, provavelmente, servirá como exemplo e poderá ser aplicado nos demais municípios afetados pela tragédia.

Os prejuízos para a agricultura da região serrana alcançam R$ 269 milhões, dos quais R$ 45 milhões em lavouras e R$ 4 milhões em produção pecuária. 

O secretário admitiu que esse levantamento é preliminar e, a partir de agora, ele será feito por propriedade. “Nós acreditamos que entre 20% e 30% da produção ficaram comprometidos por perda direta, no momento das chuvas fortes ou por problemas relacionados ao escoamento”. 

Embora atualmente haja mais de 50 máquinas da Secretaria de Agricultura trabalhando na abertura de estradas na região, existem problemas em relação às pontes, que foram danificadas ou destruídas pelas chuvas. “A gente calcula entre 50 e 80 pontes que terão de ser refeitas. E esse não é um trabalho rápido”. 

O estado do Rio conta, nesse sentido, com apoio do Exército, da Empresa de Obras Públicas do Estado (Emop) e do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (DER). 

 

Fonte:
Agência Brasil



24/02/2011 19:07


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