Emilia alerta para crise da aviação civil
- Alguns governos, principalmente na América Latina, aceitaram, sem maiores considerações, um papel subalterno em um sistema aéreo cada vez mais dominado por megacompanhias globais. No Brasil, a competitividade no setor tem resultado em favorecimento momentâneo da clientela, convivendo com a desestabilização das companhias antigas - explicou a senadora, dando como exemplo o caso da Varig, a maior empresa brasileira do setor, que passa por retração e anunciou a demissão de 1,7 mil trabalhadores.
A situação das companhias é agravada, opinou a senadora, pela política fiscal do governo que onera os bilhetes em até 35 % e pela "aventura cambial" do país que impede as empresas de renegociar os contratos de leasing dos aviões.
Preocupada com este quadro, Emilia tem procurado conversar com entidades representativas dos trabalhadores do setor. Na sessão desta terça-feira (13), a senadora divulgou manifesto dos sindicatos nacionais dos aeroviários, aeronautas e aeroportuários. No documento, os trabalhadores expõem a situação dramática do setor, denunciando medidas que as empresas vêm tomando em prejuízo de passageiros e em desrespeito à legislação trabalhista.
De acordo com o manifesto, as companhias aéreas usam a conjuntura internacional para retirar direitos e negar reajustes salariais às categorias. Além disso, acusa o governo de não tratar o setor como estratégico. As entidades defendem uma discussão profunda do setor de forma a preservar as empresas e os empregos.
PIONEIRA
Emilia Fernandes homenageou a pioneira da aviação, Anésia Pinheiro Machado, a primeira aviadora brasileira a realizar um vôo interestadual - entre São Paulo e Rio de Janeiro, em 1922. Além disso, foi a primeira mulher a realizar um vôo acrobático e a realizar um vôo transcontinental ligando as três Américas, pela costa do Pacífico. "Mais do que isso, foi a primeira mulher a conduzir um monomotor pelo Passo do Aconcágua, nos Andes", acrescentou a senadora.
O pronunciamento foi finalizado com uma homenagem à Força Aérea Brasileira.
- À Aeronáutica o nosso reconhecimento e admiração pela coragem e amor ao Brasil, não apenas nos momentos de guerra, mas principalmente pelo compromisso na construção da paz, do bem-estar social e da afirmação da nossa soberania - observou.
13/11/2001
Agência Senado
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