Emilia homenageia Revolução Farroupilha e faz balanço de governo do PT



Ao registrar que o Rio Grande Sul está comemorando os 167 anos da Revolução Farroupilha, a senadora Emilia Fernandes (PT-RS) fez um balanço da atuação do governo Olívio Dutra, especialmente nos setores da agricultura, pecuária e agroindústria. Ela destacou que apesar do desenvolvimento rural sustentável ser decisivo para o desenvolvimento, vários governos federais e estaduais trataram com descaso as populações rurais.

Segundo informou a senadora, de 1999 a 2002 o governo Olívio Dutra ampliou o volume de recursos investidos na agricultura e o público beneficiário. Foram destinados mais de R$ 1,2 bilhão para cerca de 300 mil famílias. As iniciativas do governo gaúcho, na avaliação de Emilia Fernandes, possibilitaram que o Rio Grande do Sul alcançasse a maior safra de grãos de todos os tempos: 20 milhões de toneladas em 2001. A produção de trigo também foi duplicada em três anos.

- Também criamos uma estrutura estadual para a reforma agrária, provando que o modelo democrático e popular é a única chance de realizarmos uma reforma agrária sem violência. Assentamos mais de 5.300 famílias e beneficiamos cerca de 10 mil famílias nos assentamentos implementados - informou Emilia Fernandes.

Outra iniciativa do governo Olívio Dutra citada pela senadora gaúcha foi a implantação do Seguro Agrícola. Ela registrou que a partir de agosto foram iniciados os pagamentos do seguro para 17.279 famílias de agricultores de 133 municípios, que tiveram prejuízos em suas lavouras devido a problemas climáticos.

Emilia Fernandes também falou do modelo de desenvolvimento que o PT pretende implantar no país, caso o candidato Luís Inácio Lula da Silva seja eleito presidente da República. Ela antecipou que três seriam as prioridades macro-sociais de um governo do seu partido: a inclusão de 53 milhões de brasileiros; a preservação do direito ao trabalho e à proteção social de milhões de assalariados, pequenos e médios produtores rurais e urbanos, e a universalização dos serviços e direitos sociais básicos, como o acesso à terra e à habitação.

O último assunto abordado pela senadora foi a mobilização que suinocultores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná pretendem fazer ainda esta semana em Brasília, reivindicando a liberação de uma linha de financiamento de R$ 200 por matriz, com prazo de pagamento de cinco anos e juros de 3% ao ano. Solidária ao movimento reivindicatório, ela lembrou que o setor está em crise desde o início deste ano.

- Só no Rio Grande do Sul a crise atinge 76,8 mil produtores. O principal problema está na diferença entre o preço recebido pelo quilo do suíno, na média de R$ 1,12, e o custo de produção, calculado em R$ 1,35. Faço um apelo para que o governo federal atenda as reivindicações dos suinocultores imediatamente - disse Emilia Fernandes.



10/09/2002

Agência Senado


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