Empreendimentos de pessoas inscritas no Cadastro Único sairão da informalidade nos próximos anos
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) pretendem formalizar, até 2014,cerca de 200 mil micro empreendimentos individuais de pessoas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal. A meta, foi anunciada nesta quarta-feira (16) pela secretária extraordinária para Superação da Extrema Pobreza do MDS, Ana Fonseca, durante painel sobre Inclusão Produtiva e Empreendedorismo, no Fórum Sebrae de Conhecimento, em Brasília.
A proposta é que, nos próximos três anos, cerca de 80 mil pessoas inscritas do Cadastro Único que já são empreendedoras individuais formalizem seus negócios e que outros 120 mil trabalhadores autônomos, sejam transformados em microempreendedores individuais por meio da estratégia Negócio a Negócio do Sebrae, que orienta, gratuitamente e de forma personalizada, o desempenho da empresa.
“O Sebrae é uma instituição jovem, mas com uma equipe extremamente aguerrida e dona de uma experiência que será de valor inestimável para as ações de inclusão produtiva do Brasil Sem Miséria”, afirma Ana Fonseca. Um cruzamento de informações feito pelo Sebrae, em parceria com o ministério, no final de agosto, identificou que 102 mil beneficiários do Bolsa Família atuavam como microempreendedores individuais formalizados. Diante dessa informação, o Sebrae elaborou estratégias para identificar esses empreendedores e auxiliar os que contratam microcrédito no gerenciamento das finanças pessoais.
O diretor técnico do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos, diz que, além de manter e ampliar a formalização de microempreendedores individuais, os desafios para os próximos anos no Brasil incluem a abertura de canais de comunicação com esse público, a simplificação para obtenção de licenças e alvarás e o incentivo ao associativismo para fortalecer o segmento.
As ações de incentivo à formalização e disseminação de microcrédito, fruto da parceria com o Sebrae, se somam a uma lista de iniciativas de inclusão produtiva do Plano Brasil Sem Miséria. Ana Fonseca destacou que a articulação intersetorial tem gerado bons resultados. “Entre outras, podemos citar as parcerias com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (Cbic), com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), com o Ministério da Educação, por meio do programa Mulheres Mil e do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), sem falar na ajuda das empresas de energia elétrica, dos agentes comunitários de saúde para busca ativa das famílias que ainda estão fora do Cadastro Único”, enumerou.
Fonte:
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
17/11/2011 20:41
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