Empresários paraenses conhecem tendências do mercado norte-americano
Empresas exportadoras paraenses conheceram, na quarta-feira (31), as tendências e oportunidades do mercado norte-americano. O seminário Mercado Foco Estados Unidos, realizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), ofereceu atendimento personalizado aos empresários sobre as melhores alternativas para cada empresa ampliar seus negócios no mercado norte-americano.
Esse foi o quarto seminário sobre os Estados Unidos, depois de eventos realizados em São Paulo, Porto Alegre e Florianópolis. No total, aproximadamente 200 empresas já foram atendidas pelos gestores da Apex-Brasil, dentro de uma perspectiva de apresentar ao exportador a solução mais adequada para o seu negócio, considerando o perfil da empresa e a sua experiência no comércio internacional.
“Percebemos que os empresários participantes dos seminários identificaram serviços e soluções que não conheciam ainda e que podem agregar valor às suas estratégias para atuação naquele mercado”, afirma Juarez Leal, coordenador da Unidade de Desenvolvimento de Novos Produtos da Apex-Brasil.
“Considerando todos os anos de atuação da Apex-Brasil em promoção e inteligência comercial e com base no nosso trabalho em parceria com os setores produtivos, somos capazes de identificar atualmente as melhores práticas para empresas ingressarem em determinados mercados. Apresentamos esse conhecimento durante os eventos Mercado Foco Angola e Mercado Foco Estados Unidos e, em seguida, vamos trabalhar com o mercado árabe, além de China, Rússia e Colômbia”, afirmou Maurício Manfre, coordenador da Unidade de Projetos Especiais da Apex-Brasil, durante o evento.
Manfre apresentou aos empresários paraenses algumas características típicas do mercado norte-americano, tais como a preferência dos importadores pela entrega dentro do seu estabelecimento, no sistema Delivery Duty Paid (DDP). “Fazer negócios com os Estados Unidos é totalmente diferente de negociar com os compradores latino-americanos, por exemplo. O empresário brasileiro tem que entender o estilo norte-americano de negociar e tirar proveito de características típicas da nossa indústria, como flexibilidade e diversificação, que o concorrente chinês, por exemplo, não oferece”, afirmou.
Também foram destaque no seminário as oportunidades que existem no mercado norte-americano, apesar da crise que atinge o país. “Os Estados Unidos continuam sendo o principal mercado mundial, e há inúmeras oportunidades que surgem até mesmo em função da crise. Um exemplo: no setor de autopeças, eles não estão mais comprando em grandes quantidades como antes, e a China não trabalha com o fornecimento de volumes menores. Isso abre espaço para o fornecedor brasileiro, que tem um preço um pouco mais alto do que o chinês, mas pode vender a quantidade de que os norte-americanos precisam”.
“Estamos buscando bons distribuidores nos Estados Unidos para vender polpa de açaí clarificada, que é a polpa já mais processada do que normalmente se vende, com a separação dos resíduos sólidos e da água. É assim que o mercado norte-americano consome o produto, mas normalmente o Brasil exporta a polpa congelada, e o processo de clarificação é feito no país importador. Nós já queremos exportar o produto com essa agregação de valor”, relata Igor Corrêa Pinto, da empresa Amazon Dreams.
Para Corrêa Pinto, o Centro de Negócios (CN) da Apex-Brasil em Miami poderá dar o apoio de que ele necessita para localizar os distribuidores mais adequados. Além disso, a empresa deve solicitar ao CN a elaboração de um estudo de mercado específico, contemplando produtos de biotecnologia desenvolvidos pela empresa, tais como antioxidantes em pó retirados do açaí e das folhas do ingá e do muruci.
Dentre os serviços e produtos disponibilizados pela Apex-Brasil e apresentados no seminário estão: o Centro de Negócios de Miami, que apoia a instalação das empresas brasileiras nos Estados Unidos; os estudos de Inteligência Comercial; as ações de promoção na Fórmula Indy; o Projeto Tradings do Brasil, o Programa Extensão Industrial Exportadora (Peiex); e os Projetos Setoriais Integrados desenvolvidos em parceria com 80 entidades setoriais.
Maior mercado mundial
Maior importador mundial, os Estados Unidos compraram do mundo, em 2010, mais de US$ 1,9 trilhão em mercadorias. O país é um grande mercado consumidor, não apenas pelo tamanho de sua população, que deve atingir 332 milhões de pessoas em 2015, como também pelo seu poder aquisitivo. Até 2008, os Estados Unidos foram o principal destino das exportações brasileiras, tendo sido superado pela China em 2009. Em 2010, 5.834 empresas brasileiras exportaram US$ 24,9 bilhões para o país.
O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos foi de US$ 14,6 trilhões no ano de 2010, o que posiciona o país como a maior economia mundial. Para o biênio 2011-2012, as previsões indicam recuperação da economia estadunidense após a recessão gerada pela crise econômica, com taxas positivas de crescimento do PIB per capita, que, em 2010, foi de US$ 47.284.
Pará
Em 2010, as empresas do Pará exportaram US$ 791 milhões para os Estados Unidos. Os principais produtos exportados pelo estado para aquele país foram: ferro fundido bruto, madeiras não coníferas, minério de alumínio, caulim, ouro em barras, pimenta seca, sucos de frutas e minério de ferro.
Fonte:
Apex-Brasil
01/09/2011 11:38
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