Encerrado 2o Fórum de Qualidade de Vida nas Instituições Públicas
Terminou nesta quarta-feira (30) o 2º Fórum de Qualidade de Vida nas Instituições Públicas, promovido pelo Senado,no auditório do Interlegis, desde o dia 28. A primeira palestra da tarde, proferida por Patrícia de Oliveira Barbosa, assistente social da Secretaria de Educação do Distrito Federal, abordou o tema "O dependente químico e a responsabilidade social". Ela definiu a responsabilidade social como uma forma de gestão em que a instituição estabelece uma relação ética e transparente com todos os públicos e estabelece metas institucionais compatíveis com a sociedade, de modo a preservar recursos ambientais e culturais para as gerações futuras.
- É um instrumento fundamental para o Estado como fomentador de políticas públicas e para empresas como estratégia de mercado para atuação na comunidade onde se insere - destacou a palestrante.
Patrícia Barbosa detalhou o Programa de Assistência a Dependentes Químicos e Familiares desenvolvido pela secretaria, que oferece atendimento individual e grupal a servidores dependentes de drogas. Ela destacou que a maior incidência ocorre entre pessoas de classes menos favorecidas, mas assinalou que as mais abastadas também têm apresentado a tendência ao uso de substâncias psicoativas. Entre as drogas mais consumidas estão o álcool e medicamentos, seguidos do tabaco, cola e maconha.
A assistente social salientou que embora o tema já esteja sendo abordado com maior transparência, ainda há muitos tabus sobre o assunto e algumas instituições não têm "um olhar terapêutico" sobre o problema da dependência. O sucesso do programa depende ainda da adesão voluntária do dependente, que deve freqüentar semanalmente o grupo e o atendimento individual e as programações de arte-terapia, palestras e atividades propostas pela equipe multidisciplinar, composta de psicólogos, assistente social, especialista em dependência química, arte-terapeuta e pessoal de apoio.
Entre os fatores de risco existentes no ambiente profissional, Patrícia citou funções que exigem rendimento ou resultados incompatíveis com o tempo estabelecido para a tarefa; ausência de supervisão no trabalho; ausência de capacitação para o tema pelo corpo técnico de relações humanas e cultura que favorece acesso fácil a bebidas alcoólicas, como saídas em horários de almoço ou no fim do período de trabalho.
Juvenal dos Santos, mestre em Psicologia do Trabalho e da Secretaria de Recursos Humanos do Senado, tratou do tema "O papel do RH na reabilitação funcional do servidor". Ele relatou o caso de um servidor afastado por longo período do trabalho com sintomas de depressão e gástricos, separado da esposa e sem convívio com os filhos. Ao chegar à secretaria, passou por um processo de avaliação profissional e um programa de ação para reinserção funcional, com a definição de ações para obter mudanças, revisão das ações e acompanhamento dos resultados, para obter melhores alternativas profissionais e pessoais, identificar habilidades existentes e novas potencialidades, bem como suas limitações.
A psicóloga Maria Inês Filipe, pós-graduada em Administração de Recursos Humanos pela Universidade Paulista (Unip), utilizou uma série de imagens e um poema de Carlos Drummond de Andrade para mostrar o quanto as pessoas têm dificuldade de modificar suas rotinas e aquilo que não as satisfaz em suas vidas para melhorar a sua qualidade de vida. A receita para viver a vida de forma criativa, segundo a psicóloga, requer abertura da mente para olhar a vida sob outros ângulos, uma dose de humor, conciliação de opostos, e a crença na própria capacidade de criar e de ir além.
O grupo de teatro Mapati apresentou um sketch intitulado Alô, Alô, Comunicação, para, por meio da música, gestual e riso chamar atenção do público, composto por servidores do Senado e de outras instituições públicas e privadas do Distrito Federal, para a importância da comunicação adequada no ambiente de trabalho. Foram abordados, entre outros temas, a necessidade de cooperação, comprometimento, redução de fatores de estresse, melhoria do relacionamento interpessoal, cooperação e trocas contínuas de informação para se obter maior produtividade e qualidade de vida laboral.30/08/2006
Agência Senado
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