Encontro aborda emprego e renda de refugiados no Brasil



Técnicos governamentais, sindicalistas e especialistas em refúgio se reúnem nesta quinta (24) e sexta-feira (25), em São Paulo (SP), para propor iniciativas que favoreçam a inserção de refugiados e solicitantes de refúgio no mercado de trabalho brasileiro.

Promovida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), pelo Comitê Nacional para Refugiados (Conare) e pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), a primeira Oficina sobre Trabalho e Emprego para Solicitantes de Refúgio e Refugiados identificará os principais problemas nesta área, compartilhará boas práticas e esclarecerá questões quanto aos procedimentos de contratação destas pessoas.

O encontro, que acontece na sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE/SP), será aberto às 16h de quinta-feira pelo presidente do Conselho Nacional de Imigração (CNIg), Paulo Sérgio de Almeida, além de representantes do Ministério da Justiça e do Acnur. Refugiados e solicitantes de refúgio também participarão da atividade.

São Paulo foi o estado escolhido para sediar o evento, pois abriga a maior população de solicitantes de refúgio e refugiados vivendo no Brasil. Dos cerca de 4,5 mil refugiados e 900 solicitantes de refúgio registrados no Brasil ao final de 2010, aproximadamente 2 mil vivem na cidade de São Paulo ou no interior do estado. Para os adultos economicamente ativos, a inclusão no mercado de trabalho ou o evolvimento com atividades de geração de renda são condições fundamentais para o processo de integração sócio-econômica destas pessoas.

A primeira Oficina sobre Trabalho e Emprego para Solicitantes de Refúgio e Refugiados também integra o calendário de comemorações do Acnur em 2011, quando se celebra o 60º aniversário da Convenção da ONU sobre o Estatuto dos Refugiados (1951), o 50º aniversário da Convenção da ONU para Redução da Apatridia (1951) e o 150º aniversário de Fridtoj Nansen, o primeiro Alto Comissário para Refugiados da Liga das Nações. Neste ano, o Acnur - que completou 60 anos em dezembro do ano passado - colocará o deslocamento forçado e a apatridia no centro da agenda internacional, buscando aperfeiçoar os mecanismos de proteção e integração destas populações.

O encontro será concluído às 17h, da sexta-feira, com uma homenagem ao Padre Ubaldo Steri, ex-diretor da Cáritas Arquidiocesana de São Paulo, que por vinte anos atuou diretamente na proteção a refugiados e solicitantes de refúgio no estado.


Fonte:
Ministério do Trabalho

 

23/02/2011 11:34


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