Encontro do setor imobiliário mostra tendência para atender população de baixa renda



Secretário Lair Krähenbühl falou hoje no Secovi-SP sobre a importância de investimentos da iniciativa privada em habitações de interesse social

O secretário de Estado da Habitação, Lair Krähenbühl, defendeu a necessidade de investimentos em empreendimentos direcionados à população de baixa renda para o desenvolvimento das grandes cidades e retorno comercial esperado pelas empresas do setor imobiliário. O assunto foi discutido hoje em São Paulo, durante a terceira edição do seminário "Tendências do Mercado Imobiliário", realizado pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP). Participaram do evento, o presidente da entidade, João Batista Crestana, o diretor de planejamento da CDHU, Reinaldo Iapequino, entre empresários e representantes do ramo da construção civil.

Segundo Lair Krähenbühl, é essencial que o mercado imobiliário e o poder público trabalhem juntos para potencializar a produção de moradias de interesse social. Essa ação conjunta reduzirá o déficit imobiliário e consolidará uma política habitacional duradoura e sustentável. "O momento é de um novo paradigma no ramo da construção civil. As empresas devem assumir responsabilidade social e atender a segmentos de menor poder aquisitivo para sustentar o mercado e oferecer a essas famílias oportunidades para comprar um imóvel", disse.

Krähenbühl também afirmou que "as parcerias público-privadas devem estar focadas nas regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas e Santos, onde se concentra 84 % do déficit habitacional do Estado". De acordo com ele, deve haver uma política inclusiva e integrada entre todas as áreas de governo. "O importante é trabalhar aliando infra-estrutura urbana e transportes, saneamento e recuperação ambiental. Juntas, essas ações garantem tranqüilidade para que as construtoras possam realizar seus empreendimentos".

O presidente do Secovi-SP, João Batista Crestana, destacou que o fortalecimento financeiro do setor gerou competitividade entre empresas de médio e grande porte. Ele também concorda que o caminho para se sobressair no mercado é atender a demanda por imóveis de interesse social. "Moradias populares e financiamentos mais baratos manterão o rumo sustentável e impulsionarão o mercado". Crestana também falou que a conversa entre os parceiros é a melhor maneira para acelerar o processo de recuperação e qualificação urbana. "Encontros como o de hoje são imprescindíveis para solucionar o problema das áreas ocupadas irregularmente, ampliar a oferta de imóveis e aprimorar o atendimento habitacional", concluiu.

O diretor da CDHU, Reinaldo Iapequino, falou sobre a criação de instrumentos que atraiam recursos privados para a construção de moradias de interesse social, como o Fundo Garantidor Habitacional (FGH). Iapequino explicou que o Fundo permitirá ao Estado assumir o papel de avalista das camadas com menos recursos financeiros, trazendo mais segurança para que as construtoras possam investir em imóveis destinados a essa faixa da população. "Antigamente, o setor público e privado trabalhavam paralelamente. O FGH vai chamar o mercado para firmar parcerias e multiplicar o potencial de produção", disse.

Da Secretaria da Habitação

(M.S.)



04/29/2008


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