Encontro reúne mil extrativistas de regiões amazônicas em Marajó (PA)
A Reserva Extrativista Gurupá Melgaço, localizada no município de Melgaço, Arquipélago do Marajó (PA), será ponto de encontro de mais de mil extrativistas da Região Amazônica nos próximos dias 28 e 29 de novembro, que participarão do II Chamado dos Povos da Floresta.
Além de definir políticas públicas e demandas dessas comunidades, que vivem do uso sustentável da floresta, as ministras do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, lançarão um pacote de medidas de apoio aos extrativistas da região.
Para o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Paulo Guilherme Cabral, que também participará do evento, a atividade marca a estratégia do governo de agir em conjunto com os extrativistas, ouvindo de perto suas demandas e necessidades. “Dessa forma, sempre buscamos trabalhar de forma coesa para integrar ações e atividades que possam de fato fortalecer a atividade extrativista, especialmente nas unidades de conservação de uso sustentável”, disse. Cabral destaca, ainda, a necessidade de que essas políticas de apoio cheguem de forma mais rápida a essas populações.
Fortalecimento
No encontro, os representantes do governo federal lançarão pacote de medidas de fortalecimento à atividade extrativista. O Ministério do Meio Ambiente divulgará estratégias e ações de apoio à preservação do meio ambiente e cidadania na floresta, como regularização de áreas em Unidades de Conservação de uso Sustentável.
Além de cooperação para assistência técnica com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e fomento ao Programa de Garantia de Preços Mínimos de Produtos Extrativistas (PGPMBio), que complementa o preço de venda de produtos originários da atividade extrativista, como açaí, castanha e babaçu.
Também serão divulgadas ações específicas de apoio ao Programa de Apoio à Conservação Ambiental Bolsa Verde na Região Amazônica, iniciativa do Plano Brasil sem Miséria voltado para as famílias em situação de extrema pobreza que exercem atividades de conservação ambiental. “As medidas também favorecerão o Bolsa Verde, já que o público é praticamente o mesmo”, salienta Cabral. O Programa remunera com R$ 300 pagos a cada três meses, famílias extrativistas e ribeirinhas que vivem em áreas de preservação ambiental. O objetivo é incentivar a conservação dos ecossistemas, promover a cidadania e geração de renda.
A primeira edição do chamado dos Povos da Floresta foi realizada em agosto de 2011. No encontro, foram firmados acordos como a criação de um grupo de trabalho interministerial que elaboraria o Plano Nacional de Fortalecimento do Extrativismo. O Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) entidade que representa, politicamente, o movimento social dos extrativistas do Brasil. O conselho foi criado em 1985, no I Encontro Nacional de Seringueiros, realizado em Brasília. A entidade é resultado da articulação política do líder seringueiro Chico Mendes.
Fonte:
Ministério do Meio Ambiente
28/11/2013 11:20
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