"Epidemia" de crack preocupa senadores em debate na CCJ
Falando na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) sugeriu que o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) tome a iniciativa de instituir uma comissão itinerante que possa percorrer o Brasil para verificar in loco o crescimento do uso do crack no Brasil. Jereissati contou que, em seu estado, o crack chegou não apenas à capital, Fortaleza, mas a cidades do interior.
Para Tasso, a situação é grave e o número crescente de usuários e de dependentes da droga conformaria um quadro de risco para a segurança pública.
Demóstenes concordou com as preocupações de Tasso, assim como o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), que afirmou ser o uso do crack "uma tragédia", aomenos em seu estado, o Rio de Janeiro. Ele lembrou que a droga vicia com apenas uma dose e reclamou da falta de vigilância nas fronteiras nacionais.
Artur Virgílio (PSDB-AM) também salientou a capacidade viciadora do crack e disse que é preciso observar que o crime organizado está muito mais preparado, estrategicamente, para conquistar usuários de drogas, do que os governos para enfrentar o tráfico.
Já Aloizio Mercadante (PT-SP) listou uma série de ações que devem ser empreendidas para enfrentar o problema, alertando, porém, que sugestões de medidas efetivas devem ser elaboradas por um fórum específico, talvez uma subcomissão, que funcione no âmbito da CCJ, de combate ao uso de drogas.
Ainda se manifestaram sobre o tema os senadores Renato Casagrande (PSB-ES), Romeu Tuma (PTB-SP), Álvaro Dias (PSDB-PR), Valter Pereira (PMDB-MS) e Antonio Carlos Júnior (DEM-BA).
Mais informações a seguir
22/04/2009
Agência Senado
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