Equipes da Sabesp trabalham com computadores de mão
São mais de 1.400 desses equipamentos que proporcionarão maior produtividade e qualidade dos serviços
As equipes de manutenção da Sabesp, na região metropolitana de São Paulo, agora vão para as ruas com PDAs, ou assistente pessoal digital. São mais de 1.400 computadores de mão (inclui mão-de-obra própria e contratada) – modelo iPAQs 6945, da HP – que incorporam funções GPS (sistema de posicionamento global), conexão wireless (GPRS), GIS (geographic information system) e câmera fotográfica. Os funcionários dessas equipes são responsáveis pelo atendimento de mais de 1,6 milhão de ordens de serviços solicitados pelos clientes anualmente. As chamadas envolvem problemas de vazamentos, ligações de água e de esgoto, trocas de hidrômetros entre outros. Responsável pela área de saneamento básico da Capital e de 368 municípios paulistas, onde atende 25 milhões de pessoas, a Sabesp adotou PDAs para facilitar o acesso, em tempo real, dos funcionários de campo à plantas e croquis.
A MC1, integradora de soluções de mobilidade, foi responsável pelo desenvolvimento do sistema que roda nos PDAs. Já a MGI – como revenda autorizada HP – atua no projeto não só como fornecedora dos equipamentos como também na implementação da solução e do projeto. A MGI também é responsável pelos serviços de assistência técnica e pela atualização tecnológica quando o cliente manifestar interesse na troca do parque de equipamentos.
Wagner Ribeiro Manzatto, coordenador do Projeto Siges na Sabesp, afirma que o projeto de capacitação técnica e comportamental da Sabesp para o uso de PDAs, envolveu (em uma versão parcial) 1.500 pessoas. Começou há dois anos com o front-office e o back-office, sistemas de interface com os usuários e clientes e sistemas de suporte e retaguarda, respectivamente, e demandou investimentos até o momento de quase R$ 3 milhões. Os treinamentos para a versão final se iniciarão em dezembro de 2007 e a implantação terá seu início em fevereiro de 2008.
Através dos recursos disponíveis nos novos PDAs é possível informar às equipes de campo o local da chamada, disponibilizar os mapas da área, o nome da rua, os horários de início e também o término do trabalho ao pessoal de retaguarda na central. Como são equipados com câmeras os PDAs fotografam o local antes, durante e após o serviço, controlam também os materiais que serão utilizados na obra e trafegam arquivos de texto, mapas e croquis entre a central e as equipes de campo. Além de mapas de cartografia, a solução permite visualizar ortofotos, redes de água, esgoto e gás e vincula às ordens de serviço, fotos com coordenadas de GPS.
Ao abolir totalmente o manuseio de papel no processo de automação das equipes, a Sabesp comemora outro feito. Com o uso dos PDAs a empresa deixará de ser responsável pela derrubada de 4.500 árvores por ano, que eram utilizadas na produção das Ordens de Campo, até então feitas em papel.
Maios produtividade e qualidade
Manzatto ressalta que a mobilidade propicia maior produtividade e qualidade no oferecimento dos serviços. “O trafego de informações flui em tempo real entre o nosso pessoal de retaguarda, na Central de Atendimento, e as centenas de equipes de manutenção que estão nas ruas executando os serviços”, observa Manzatto.
O técnico, ao abrir uma vala para executar o serviço numa rede de água, por exemplo, dispõe de informações importantes na tela do PDA, como profundidade e largura da rede, a posição que ela está em relação ao imóvel e que para realizar os trabalhos, a equipe vai precisar de alguns materiais em tais quantidades. “O sistema oferece para o funcionário uma lista de materiais de uso padrão pela companhia e, caso necessite, pode fazer o pedido imediatamente para que a obra não sofra atrasos por falta de insumos”.
O computador de mão registra o horário de início do serviço, as pausas e a finalização e passa estas informações para a central via wireless para que esta coordene os trabalhos on line. Apenas as fotos do local, feitas antes, durante e depois do trabalho (é obrigatório que o funcionário faça três fotos) são enviadas via berço, no escritório, para o arquivo e uso posterior.
Treinamento exaustivo
Todas as informações disponibilizadas na tela dos iPAQs estão centralizadas no Sistema de Gestão de Serviços de Campos – o SIGES como é conhecido dentro da Sabesp.
A conexão instantânea entre o sistema de gestão e os PDAs é realizada por tecnologia GPRS (rede telefônica móvel).Para viabilizar a baixa dos serviços no PDA, a área de TI da Sabesp amarrou determinadas palavras à composição do código de execução final dos serviços.
“Nossas equipes de campo foram treinadas exaustivamente para manejar o equipamento, mas achamos por bem facilitar ao máximo a linguagem e o trafego das informações já que nem todos têm facilidade e intimidade com tecnologia”, ressalta Manzatto.
Sobre a MGI
Fundado há 17 anos, o grupo MGI iniciou suas atividades como Revendedor e Assistência Técnica de produtos HP. Através de parcerias com grandes fabricantes, conquistou a liderança no mercado de soluções móveis com comunicações Wireless, GPS, Impressão e outros serviços de valor agregado.
Responde por mais de 50% das vendas desse tipo de equipamento da HP no Brasil. A MGI está capacitada a fazer manutenção em toda a linha iPAQ durante o período de garantia destes equipamentos.Além de vender, a MGI também oferece infra-estrutura de suporte com certificação ISO 9001, conquistada por todas as unidades do Grupo. Em alguns projetos de mobilidade, a MGI também é responsável pela definição da estrutura de hardware e suporte técnico durante a fase de implantação da solução pelos seus parceiros de software, bem como suporte pós-venda e atualização tecnológica dos projetos.
Da Sabesp
(I.P.)
04/01/2008
Artigos Relacionados
Sabesp dobra equipes de manutenção em Osasco
Servidores voltam, mas não trabalham
PT e PPS trabalham por palanque único
Ex-detentos trabalham em obras da Copa
OIT: 614,2 milhões trabalham mais de 48 hs semanais
Presos trabalham em 20 penitenciárias do Estado