ERNANDES AMORIM DEFENDE DIREITO DE MENDONÇA ESCLARECER PRIVATIZAÇÃO



O senador Ernandes Amorim (PPB-RO) defendeu o direito do ex-ministro das Comunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros de prestar esclarecimentos ao Congresso Nacional sobre a atuação do BNDES, dos fundos de pensão e do Ministério das Comunicações no processo de privatização do sistema Telebrás. "Sei o peso da calúnia, da difamação, da injúria. Já fui caluniado, difamado, injuriado, e resgatei minha dignidade porque exigi que esta Casa procedesse a investigação necessária, e nada provaram contra mim", afirmou o senador.Amorim explicou que o artigo 50 da Constituição Federal e o artigo 397 do Regimento Interno do Senado Federal asseguram ao ex-ministro o comparecimento ao Congresso Nacional. "No caso, não há relevância para o Ministério das Comunicações, mas trata-se de assunto já determinado, cujo esclarecimento interessa à Sua Excelência, de interesse desta Casa, de interesse da sociedade brasileira. Por esta razão, entendo que o Senado Federal deva tomar a iniciativa e articular a presença do Sua Excelência nesta Casa para explicar como atuaram no processo de privatização que nós autorizamos", argumentou.O senador acredita que assim o Senado estará conduzindo o esclarecimento desta questão que mobilizou a opinião pública, trazendo a tranqüilidade necessária ao processo regular da vida nacional.- O Senado federal deve antecipar o peso de sua autoridade neste assunto, e esgotá-lo, exaurindo o que houver. Toda essa questão bate nas portas do Palácio do Planalto. Em última análise, é o presidente da República quem comanda os fundos de pensão, o Banco do Brasil, o BNDES e o próprio Ministério - alertou o senador.

27/11/1998

Agência Senado


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