ERNANDES AMORIM EXPLICA CASO BERON
Durante a reunião desta terça-feira (dia 4) da Comissão de Assuntos Econômicos, o senador Ernandes Amorim (PPB-RO) apresentou esclarecimentos sobre a situação dos passivos do Banco do Estado de Rondônia, sob intervenção do Banco Central (BC) desde 1995. Segundo o relato do senador, a administração do BC fez o prejuízo do Beron subir de R$ 50 milhões para R$ 500 milhões. Além disso, aponta Ernandes Amorim, a agência do Banco em São Paulo serviu para a lavagem de dinheiro de negociações com títulos emitidos ilegalmente para o pagamento de precatórios.O senador sustenta que o problema se agravou quando o governo estadual contratou em 1998 financiamento com a União para assunção dos passivos do Beron. O contrato, denuncia o senador, foi autorizado em regime de urgência no Senado, com base em informação inverídica do Banco Central. A eficácia do documento estaria condicionada ao esclarecimento da matéria. - Antes dessas informações, o contrato foi implementado através de termo aditivo firmado pelo ministro da Fazenda e o ex-governador, Valdir Raupp. O Tribunal de Contas do Estado representou o governador para responsabilizar o BC pelos prejuízos acumulados - relatou o senador, acrescentado que o governo estadual demitiu um terço dos funcionários públicos para poder honrar os pagamentos decorrentes desses contratos.Ernandes Amorim informou que propôs emenda à medida provisória que institui o programa de reestruturação dos bancos estaduais, explicitando a responsabilidade da União nas dívidas acumuladas em bancos sob sua gestão. Além disso, encaminhou requerimento ao Tribunal de Contas da União para que promova uma auditoria nos contratos.
04/04/2000
Agência Senado
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