ERNANDES COBRA RESPEITO À CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE MUDANÇAS NO CLIMA



O senador Ernandes Amorim (PPB-RO) cobrou do governo brasileiro uma postura firme diante da poluição ambiental provocada pelos países desenvolvidos. Apresentando dados comprovando que os oito países mais ricos do mundo são responsáveis pela maior parte da emissão de gases poluentes do planeta, Amorim pediu mudanças na diplomacia brasileira como forma de fazer frente às acusações de que o país contribui para o desequilíbrio ecológico ao permitir o desmatamento de suas florestas.
- Cerca de 4,5% da população do mundo vivem nos Estados Unidos e eles emitem 22% dos gases que provocam o efeito estufa. A Grã-Bretanha emite 9,5 toneladas de dióxido de carbono por pessoa, enquanto Honduras, por exemplo, emite 0,7. Isso explica a pressão que os países ricos fazem para evitar desmatamentos e queimadas no Brasil. Assim continuam podendo poluir com seus automóveis, suas usinas térmicas, suas indústrias - afirmou o senador.
Na avaliação de Amorim, a poluição produzida nesses países é responsável por sucessivas alterações no clima do planeta e tem provocado uma série de catástrofes, como inundações, secas e furacões. Ele lembrou a assinatura em 1992 da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças de Clima. O documento, sustenta o senador, não vem sendo respeitado. Ernandes Amorim quer que o Brasil exija dos países ricos respeito aos dispositivos do tratado internacional.
Para conhecer a posição do governo sobre o assunto, Ernandes Amorim está requerendo a presença dos ministros da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sarderberg, e do Meio Ambiente, José Sarney Filho, em audiência pública a ser realizada na Comissão de Assuntos Econômicos.
- Precisamos conhecer os compromissos assumidos e o que foi realizado até agora. Além das previsões da próxima conferência sobre o clima - justificou.

21/06/2000

Agência Senado


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