ERNANDES CRITICA CORTE NOS RECURSOS DAS EMENDAS



O senador Ernandes Amorim (PPB-RO) criticou o acordo feito entre as lideranças do Congresso para utilizar os recursos que seriam destinados às emendas pessoais dos parlamentares para custear parte do aumento do salário mínimo para R$ 180. Ele se disse decepcionado com a decisão e considerou a proposta demagógica. "O dinheiro da emenda não é do senador ou do deputado, mas de quem o elegeu", afirmou.

Para o senador, os parlamentares devem uma satisfação ao seu eleitorado, e as emendas individuais "servem para financiar projetos de desenvolvimento, para a criação de escolas e de casas de recuperação de drogados, saneamento de igarapés e outras iniciativas que beneficiam a população". Ele acrescentou que o governo federal não tem condições de saber as reais necessidades das pequenas comunidades do interior do país.

Ernandes Amorim também abordou sua vitória na disputa pela prefeitura de Ariquemes (RO), salientando que se afastará do Senado a partir de 31 de dezembro. Ele comentou que depois de ter passado seis anos no Congresso, voltará ao seu município com mais experiência, o que permitirá fazer uma administração eficiente, cumprindo todas as determinações da Lei de Responsabilidade Fiscal.

"Já fui prefeito de Ariquemes, e depois de minha saída, o município entrou em uma fase de falência total pelas péssimas administrações que passaram por lá", disse. Ele disse que quando reassumir a prefeitura pautará sua gestão no respeito ao erário público e na aplicação decente dos recursos.

A respeito de denúncias de irregularidades contra homens públicos que, por vezes chegam ao Senado, Amorim disse que falta ao Congresso um ouvidor responsável por tomar providências sobre as acusações feitas pelos parlamentares. Ele citou o caso do senador Gilvam Borges (PMDB-AP), que na sessão de terça-feira (dia 29) acusou o governador do Amapá, João Capiberibe, de ter cometido várias irregularidades. "E nenhuma atitude foi tomada, como nada foi feito quando eu denunciei o ex-governador do meu estado, Valdir Raupp, de corrupção", exemplificou.

29/11/2000

Agência Senado


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