Especial D.O.: Centro de Controle de Operações do Metrô ganha equipamento que beneficia usuários



Ao completar 30 anos em funcionamento, setor ganha dispositivo que permite a simulação de vários tipos de ocorrências operacionais

Considerado o “cérebro” do Metrô paulistano, o Centro de Controle de Operações (CCO) – localizado no bairro do Paraíso – completou no mês passado seu trigésimo aniversário de funcionamento. Responsável por coordenar o movimento diário de 2,8 milhões de passageiros, nos 60,5 quilômetros de trilhos e 54 estações do sistema metroviário, o CCO ganhou, para marcar a data, novo equipamento que beneficiará todos os usuários do Metrô.

Denominado Simulador de Estratégias Operacionais (SEO),o dispositivo é formado por dois módulos de trabalho, um microcomputador e cinco monitores de cristal líquido (LCD) de última geração. Esse sistema está sendo utilizado para treinar e reciclar sete supervisores e 66 operadores de console operacional (mesas de operação)na solução de possíveis falhas durante a operação comercial.

Segundo o coordenador do CCO, Bernardo Gorodeski, o SEO permite programar, como nos simuladores da Força Aérea, vários tipos de ocorrências operacionais, para que se verifique como os funcionários reagem a falhas que podem surgir durante a operação normal. “Os técnicos têm de resolvê-las com rapidez e exatidão. Desse treinamento depende o êxito na operação dos 117 trens e a segurança no fluxo dos passageiros”, explica.

O equipamento serve não apenas para a simulação de falhas. Dias e horários com operação diferenciada e maior movimento, como o Réveillon e a saída antecipada para feriados, podem ser analisados no simulador. Isso permite que o Metrô use os resultados desses treinamentos para aumentar ou reduzir a oferta de trens durante a operação real.

Operadores da “sala negra” monitoram 54 estações

Por meio de imagens geradas por 433 câmeras de circuito fechado de TV, o CCO pode monitorar as 54 estações do Metrô – mezaninos, plataformas, bilheterias e linhas de bloqueio. As áreas de transferência nas estações Luz, Brás e Barra Funda, bem como no terminal intermunicipal do Jabaquara, podem também ser acompanhadas. As imagens são recebidas num local do CCO conhecido como “sala negra”. O nome vem da época de sua inauguração, quando predominavam no ambiente cores escuras. É desse espaço que são definidas estratégias operacionais para casos de emergência, como blecautes.

No último deles, ocorrido em 2002, os passageiros que precisaram deixar as estações e túneis o fizeram com segurança. No dia 15 de maio, apesar da onda de boatos que transtornou a capital, a população teve os trens e estações do Metrô funcionando normalmente, graças ao controle e à observação realizados no CCO e nesse compartimento, especificamente. Em casos de emergência, e para manter a normalidade no transporte público, o CCO pode também contatar imediatamente a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), São Paulo Transportes (SPTrans), Eletropaulo, Defesa Civil eCorpo de Bombeiro

06/19/2006


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