Especialistas analisam demanda de formação de pessoal para transporte aéreo no país
Desafios, necessidades e perspectivas da formação e capacitação de recursos humanos nas áreas de transportes aéreos e aquáticos - este é o tema do debate desta segunda-feira (31) da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), marcado para começar às 18h. O debate integra o ciclo de discussões Agenda Desafio 2009-2015 - Recursos Humanos para Inovação e Competitividade, que vem sendo promovido pela comissão.
O sucesso dos grandes eventos internacionais que o Brasil sediará nos próximos anos - como a Conferência Rio+20, em 2012, a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 depende, em boa medida, do bom funcionamento da infraestrutura de transportes aéreos, conforme apontam especialistas. Espera-se que esses eventos tragam ao país milhares de turistas que deverão viajar entre várias cidades, demandando um grande tráfego aéreo. Nesse contexto, a formação de recursos humanos para o setor aeronáutico - seja de controladores de voo, pilotos, comissários de bordo ou funcionários dos aeroportos - é fundamental.
A crise aérea de 2006 e 2007 explicitou os problemas do setor. Em menos de um ano, dois grandes acidentes com aeronaves (em setembro de 2006 e julho de 2007) mataram quase 400 pessoas. No mesmo período, os controladores de voo fizeram operações padrão e paralisações exigindo melhores salários e melhores condições de trabalho - tais movimentos, aliados a problemas de funcionamento dos radares e da organização dos aeroportos, ocasionaram, durante alguns meses, constantes atrasos e cancelamentos de voos.
Duas comissões parlamentares de inquérito - uma no Senado e outra na Câmara - chegaram a ser criadas, para investigar as causas dos acidentes e dos transtornos à época. Também nesse período, teve início a discussão sobre a conveniência ou não de desmilitarizar o controle de tráfego aéreo.
Para discutir esse tema, foram convidados o presidente da Infraero, Murilo Marques Barboza; o diretor-geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), tenente-brigadeiro Ramon Borges Cardoso; o vice-presidente executivo de Organização e Recursos Humanos da Embraer, Hermann Ponte e Silva; e o presidente da Agência Espacial Brasileira, Carlos Ganem.
Transporte aquaviário
O debate na CI também focará desafios para ampliar o transporte aquaviário no Brasil. Conforme dados da Confederação Nacional do Transporte, não chega a 15% o volume de cargas transportadas pelo setor, apesar dos oito mil quilômetros de costa e dos diversos rios navegáveis no país. Devem analisar o tema o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários, Fernando Antonio Brito Fialho; e o vice-chefe do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da COPPE/UFRJ, Luiz Felipe Assis.
A Comissão de Infraestrutura é presidida pelo senador Fernando Collor (PTB-AL). A audiência pública será aberta a qualquer pessoa interessada, no Plenário 13 da Ala Alexandre Costa. do Senado.31/05/2010
Agência Senado
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