Especialistas defendem descentralização da gestão educacional



A descentralização da gestão da educação brasileira foi defendida nesta terça-feira (5) em audiência pública promovida pela Comissão de Educação (CE).

- Temo que a centralização, em Brasília, da administração da educação fundamental e média pode ser um encargo pesado demais. A máquina pública é pesada - argumentou, durante a reunião, Carlos Alberto Serpa de Oliveira, presidente da Fundação Cesgranrio e da Academia Brasileira de Educação.

Em entrevista à Agência Senado, Carlos Alberto afirmou que a "Prova Brasil" - avaliação realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia vinculada ao Ministério da Educação - indicou que os municípios cujos alunos apresentaram bom desempenho são, "surpreendentemente, municípios pobres". Segundo ele, as comunidades desses locais foram capazes de gerar "soluções apropriadas" para seus problemas específicos.

Nunca teremos uma solução nacional que sirva para todos os municípios - destacou Carlos Alberto.

Mozart Neves Ramos, ex-secretário de Educação e Cultura de Pernambuco, foi outro participante do debate que apoiou a descentralização. Ele disse, também em entrevista à Agência Senado, que "é muito difícil um gestor, mesmo o estadual, acompanhar o que ocorre em localidades que estão a 700 ou 800 quilômetros de distância".

05/06/2007

Agência Senado


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