Estado entrega Hospital do Câncer dia 5
Com 580 leitos, o novo hospital terá gestão da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP)
O governo do Estado de São Paulo entrega no próximo dia 5 de maio, segunda-feira, o maior hospital especializado em tratamento de câncer da América Latina. O Instituto do Câncer de São Paulo “Octavio Frias de Oliveira”, na capital paulista, é fruto do investimento de R$ 270 milhões em obras e equipamentos e irá receber pacientes encaminhados de todo o Estado para atendimento de casos complexos.
Com 580 leitos, o novo hospital terá gestão da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), responsável também pelo gerenciamento do Hospital das Clínicas. Além do atendimento médico, os profissionais da instituição desenvolverão atividades de ensino e pesquisa, de acordo com o modelo de ensino médico introduzido pela FMUSP no país. O objetivo é dotar o Instituto das condições necessárias para se posicionar como centro de pesquisa de referência em nível internacional na área do câncer, inclusive no desenvolvimento de novos fármacos e tratamentos.
Do total de leitos, 84 serão de UTI e terapia semi-intensiva e 30 de hospital dia, além de vagas específicas de observação, recuperação pós-anestésica e cuidados paliativos, dentre outras. Com o novo hospital, a cidade de São Paulo terá três vezes mais vagas públicas exclusivas para tratamento de pacientes com câncer.
Quando estiver em pleno funcionamento, o novo hospital realizará por mês cerca de 1,5 mil internações, 33 mil consultas ambulatoriais, 1,3 mil cirurgias, 6 mil sessões de quimioterapia e 420 de radioterapia. Haverá, no total, 124 ambulatórios médicos. O custo anual do instituto foi estimado em R$ 190 milhões.
Inicialmente, o novo instituto irá oferecer atendimento ambulatorial em oncologia clínica e ginecológica, além de quimioterapia e 12 leitos de UTI. Também entrarão em operação na primeira fase o pronto-atendimento e todas as unidades de apoio, como nutrição, SAME, vestiários, refeitório, central de almoxarifado, farmácia e rouparia.
Até o final deste ano, está prevista a ampliação do atendimento ambulatorial e início das internações clínicas e cirúrgicas. O hospital deverá estar com todas as suas áreas em operação até o fim de 2009, incluindo o serviço de radioterapia.
A assistência prestada será inovadora ao permitir que o paciente tenha todas as fases de seu atendimento, do diagnóstico à reabilitação integradas no mesmo local.
“É um grande desafio dirigir um hospital desta magnitude. A população pode ter certeza de que contará com o que há de mais moderno em recursos para tratamento do câncer e atendimento de nível internacional. Será um centro de excelência que vai atuar sempre na busca de conhecimentos científicos que auxiliem na luta contra a doença", afirma Giovanni Cerri, professor titular da FMUSP e diretor geral do novo instituto.
Tecnologia
O Instituto do Câncer “Octavio Frias de Oliveira" fica num edifício de 28 pavimentos todo automatizado (inteligente), com o que há de mais moderno em tecnologia e equipamentos de última geração. É o hospital mais alto da América do Sul, com cerca de 100 metros de altura.
Uma central informatizada monitora todos os sistemas de climatização, controle de acessos, elevadores, central de alarme de incêndio e telemetria. Também é possível acompanhar diariamente o consumo de energia elétrica e de água por pavimento. Ambientes de curta permanência são equipados com sensores de energia e de água, além de sistema de água de reuso.
Nos apartamentos para pacientes o sistema de ar-condicionado funciona por irradiação, por meio de um forro gelado que mantém a temperatura ambiente homogênea. As janelas possuem persianas embutidas nos vidros, permitindo melhor controle da luminosidade e facilitando a limpeza.
O hospital também dispõe de uma sala cirúrgica inteligente, totalmente automatizada, que inclui o controle dos focos cirúrgicos, sistema de comando de voz e câmeras que permitem a transmissão de cirurgias por videoconferência para qualquer local do planeta, em tempo real, possibilitando a interação entre os médicos do instituto e outros profissionais.
Todos os andares foram compartimentados com paredes e portas corta-fogo acionadas por eletro-ímã, que garantem proteção contra incêndios por até duas horas. Há rotas de fuga com sistemas climatizados que podem ser revertidos para eliminar a fumaça em caso de incêndio.
Da Secretaria da Saúde
C.M.
04/16/2008
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