Atendimento no Hospital de Câncer em Barretos é ampliado



O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou no último sábado (19) do 16º Encontro Anual com os Coordenadores do Hospital de Câncer de Barretos, no interior de São Paulo, onde discutiu a liberação de projetos dentro do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon), que tem objetivo de contribuir para humanizar o atendimento e incentivar a área de pesquisa clínica de câncer. Os projetos encaminhados pela instituição ao Ministério da Saúde, após aprovação, devem garantir R$ 60 milhões para ampliar a capacidade de atendimento oncológico à população.

O Hospital de Câncer de Barretos atende pessoas com câncer de todo o Brasil, com média de 2.800 atendimentos por dia, sendo 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Durante o encontro, o ministro juntamente com o diretor geral do Hospital, Henrique Prata, fez a entrega de diplomas a 35 coordenadores, pessoas voluntárias que realizam eventos – há mais de 10 anos - em suas cidades, em prol do hospital. Hoje, a instituição conta com o apoio de 450 coordenadores.

O ministro Padilha disse que, com o Pronon, o hospital de Barretos tem o direito, ainda esse ano, de obter R$ 60 milhões para que possa continuar sua luta pela melhoria da saúde de todos os cidadãos. “Parabenizo a direção do Hospital do Câncer de Barretos por ter apresentado e conseguido aprovação dos dois primeiros projetos, em todo o Brasil, dentro desse programa,” disse. O ministro aproveitou para agradecer a todos os colaboradores e parceiros do hospital. “O Hospital do Câncer de Barretos tem uma estrutura de profissionais que orgulha a cada um de nós e tem ainda o apoio de tantas pessoas que reconhecem seu papel junto à sociedade,” concluiu.

Programa

Até o dia 10 de outubro, 32 entidades do país apresentaram 43 projetos dentro do Pronon. O valor de todos os projetos somados é de R$ 275,6 milhões. O programa é uma iniciativa do Ministério da Saúde, que busca estimular a ampliação dos serviços prestados à população e a pesquisa científica na área oncológica. Para participar do programa, as instituições interessadas precisam se credenciar junto ao Ministério da Saúde e apresentar suas propostas com a identificação do que será executado. As propostas são submetidas à análise e, se aprovadas, os estabelecimentos recebem autorização para captação dos recursos junto a empresas e pessoas físicas. Os projetos contemplados terão o desenvolvimento acompanhado e avaliado pelo Ministério da Saúde.

Dentro do Pronon, o Hospital do Câncer participa com dois projetos, sendo cada um no valor de R$ 30 milhões. Um tem foco na ampliação na capacidade de atendimento da demanda reprimida e com dificuldade de acesso a prevenção, tratamento e combate ao câncer, no Hospital de Câncer de Porto Velho/RO e nas Unidades de Prevenção dos municípios de Fernandópolis/SP e Campo Grande/MS. Além da aquisição do sistema cirúrgico robótico Da Vinci – plataforma robótica altamente sofisticada que foi desenvolvida para permitir a execução de cirurgias complexas utilizando-se de procedimentos minimamente invasivos.

A segunda proposta busca a ampliação na capacidade de atendimento da demanda reprimida e combate ao câncer nas Unidades da Fundação Pio XII: Hospital de Câncer Infanto Juvenil e Hospital de Câncer de Jales.

Ampliação do Acesso

O Ministério da Saúde tem investido na melhoria do acesso da população a prevenção, exames e tratamentos do câncer. De 2010 a 2012, o investimento do governo federal em oncologia foi de 26% - saltando de R$ 1,9 bilhão para R$ 2,1 bilhões. Com estes recursos, foi possível ampliar em 17,3% no número de sessões de radioterapia, passando de 7,6 milhões para mais de nove milhões. Para a quimioterapia houve aumento de 14,8%, saltando de 2,2 milhões para 2,5 milhões.

Em decorrência da inclusão de novos tipos de cirurgia oncológica e da ampliação dos investimentos no setor, a expectativa para 2013 é que o número de operações supere a marca dos 120 mil, 25% a mais que as 96 mil realizadas no ano passado. A expansão está sendo custeada por uma elevação de 120% no orçamento destinado a estes procedimentos - de R$ 172,1 milhões em 2012 para R$ 380,3 milhões em 2013.

Por outro lado, houve expansão no rol de medicamentos de alto custo ofertados gratuitamente pelo SUS, com a inclusão de drogas biológicas modernas como o mesilato de imatinibe (contra leucemia), o rituximabe (para o tratamento de linfomas) e o trastuzumabe (contra o câncer de mama). A ampliação veio acompanhada de aperfeiçoamento na gestão dos insumos, que passaram a ser comprados de maneira centralizada pelo Ministério da Saúde, reduzindo custos com o ganho da escala de compras.

 

Fonte:

Ministério da Saúde



21/10/2013 18:53


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