Estado espera qualificar mais de 3 mil artesãos até o final do ano



Cursos são oferecidos na capital e interior

Pintura em tecido, bordado em fita, modelagem em biscuit, artesanato em bagaço de cana de açúcar. Esses são apenas alguns dos 79 cursos destinados a artesãos, que a Superintendência de Comunidade do Trabalho, Sutaco, oferece à comunidade.

Os cursos são oferecidos na capital e interior, em associações, entidades e prefeituras à população de baixa renda com o objetivo de ensinar atividades que possam ser revertidas em trabalhos remunerados. A Sutaco espera, por esses cursos, formas tradicionais de expressão além de promover o desenvolvimento regional do povo paulista.

“Esperamos atingir a 3.400 artesãos neste ano, o dobro do ano passado quando qualificamos 1.680 pessoas”, informa Marlene Augusta, coordenadora dos cursos na Sutaco.

Adilson Simim, 43 anos, trabalha com cerâmica há mais de 20 anos. Conta que antes de se cadastrar na Sutaco, ganhava, em média, um salário mínimo e sempre tinha problemas com nota fiscal. “Hoje, ganho mais, não preciso de nota e tenho um local certo para vender minhas peças. Sem contar com o aumento do reconhecimento do meu trabalho”, diz.

Durante os cursos, os artesãos aprendem a lidar melhor com as dificuldades do setor, além de ter à disposição profissionais experientes na área, oferecendo orientação jurídica, fiscal e financeira. O objetivo é dar a eles a capacitação técnica e gerencial para atender a demanda e as exigências do mercado atual, como por exemplo, o gerenciamento dos processos de produção e comercialização do artesanato.

Para ingressar nesses cursos, é necessário que os artesãos sejam cadastrados na Sutaco. Após o cadastramento, o interessado terá um documento capaz de identificá-lo como profissional de artesanato - a carteira do artesão. Com essa carteira, é possível usufruir dos serviços prestados pelo órgão, como a emissão de notas fiscais, que possibilita a inserção do artesanato por eles produzidos no mercado. Outros benefícios são: divulgação e comercialização do artesanato, consulta à biblioteca especializada e acesso ao microcrédito, com financiamento do Banco do Povo, com juros de 1% ao mês.

É importante destacar, o artesão é um trabalhador autônomo e o seu salário depende da produção/comercialização de suas peças.

A Sutaco com o serviço de emissão de notas fiscais possibilita a inserção desse trabalhador no mercado formal, sem que seja necessária a abertura de uma empresa.

Atualmente, estão cadastrados cerca de 43,5 mil artesãos na SUTACO. Para ter o direito de se beneficiar dos serviços prestados pelo órgão, o artesão passará por uma entrevista e seu trabalho será avaliado pela Comissão Técnica que irá classificar o produto, a matéria prima e a produção.

SERVIÇO:

O interessado deve agendardia e horário para comparecer a uma entrevista e depois participar de uma avaliação do artesanato produzido. Em São Paulo, a entrevista poderá ser agendadapelo telefone: (11) 3241-7334 ou na sede

04/25/2006


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