Estande do Senado trás "Balmaceda", de Joaquim Nabuco



Uma das novidades que o Conselho Editorial do Senado está comercializando na Bienal Nacional do Livro de Natal é a obra Balmaceda , de Joaquim Nabuco, escrita em 1895, logo após o término da guerra civil chilena, que começou em 1891. O livro, que é uma compilação de artigos escritos pelo autor e publicados no Jornal do Commercio (PE), descreve parte do governo do presidente José Manuel Balmaceda entre os anos de 1890 e 1891, procurando explicar os motivos que levaram aquele país a uma guerra civil.

Joaquim Nabuco mostra os problemas que Balmaceda teve com o Congresso do seu país e as dificuldades para formar seu gabinete presidencial. A tese principal defendida pelo autor é a de que a atitude despótica e autoritária de Balmaceda, que termina por instalar uma ditadura no Chile, foi a base para a guerra civil que terminou destituindo-o do poder e levando-o ao suicídio. O preço da publicação é R$ 30.

Também pode ser encontrada no estande do Senado instalado na Bienal do Livro de Natal a terceira edição de Conselhos aos Governantes, reunindo textos de clássicos como Isócrates, Platão, Kautilya, Maquiavel, Erasmo de Roterdam, Miguel de Cervantes, Cardeal Mazarino, Maurício de Nassau, Marquês de Pombal, Sebastião César de Meneses, dom Luís Cunha, Frederico da Prússia e dom Pedro II. A publicação tem 841 páginas e está sendo vendida por R$ 30.

De Capistrano de Abreu, o Senado está vendendo a obra Ensaios e Estudos - Crítica e História - 2ª Série. Também está disponível o livro Missão Rondon, que reúne os artigos publicados no Jornal do Comércio do Rio de Janeiro, em 1915, descrevendo as experiências e os trabalhos realizados pela Comissão de Linhas Telegráficas Estratégicas de Mato Grosso, comandada pelo então coronel de Engenharia Cândido Mariano da Silva Rondon.

Outro título que o Senado apresentou pela primeira vez em Natal é A Ilusão Americana, de Eduardo Prado, escrito após a Proclamação da República brasileira, quando consolidou-se a posição dos Estados Unidos como nação hegemônica nas relações comerciais com o Brasil, posto que antes era ocupado pela Inglaterra. No livro, o autor apresenta exemplos de como os políticos americanos não estavam bem-intencionados em relação ao Brasil e demais países da América Latina. Ele contradiz os que defendiam que o país deveria seguir os Estados Unidos como exemplo.

Conselho

O Conselho Editorial do Senado oferece clássicos da literatura e do direito brasileiros, ao lado de obras de interesse jurídico e político. Além dos autores citados, integram o catálogo obras de Rui Barbosa, Euclides da Cunha, Padre Antonio Vieira, Gilberto Amado e Oliveira Viana. Mais de cem títulos integram o catálogo de publicações. Todos estão disponíveis a preço de custo no estande do Senado na Bienal do Livro de Natal.

Criado em 1997, com a finalidade de editar obras de valor histórico-cultural relevantes para a compreensão da história política, econômica e social do Brasil, o Conselho Editorial, presidido pelo senador José Sarney (PMDB-AP), tem grande parte do seu acervo integrado por obras cujo direito autoral já caiu em domínio público. Estes livros foram resgatados pelo Senado, já que muitos deles não são mais publicados pelas editoras comerciais.

Os livros do Conselho Editorial têm padrão visual e acabamento de qualidade superior e são divididos nas seguintes coleções: Biblioteca Básica Brasileira (capa amarela, sobre a formação nacional), Clássicos da Política (capa azul, textos básicos sobre o pensamento político), Brasil 500 Anos (capa verde, referências para o estudo da história do país), O Brasil Visto por Estrangeiros (capa bege, reflexões sobre a realidade brasileira) e Memória Brasileira (história política do Brasil, em edição fac-similar).



26/08/2003

Agência Senado


Artigos Relacionados


Senado homenageia Joaquim Nabuco

SENADO HOMENAGEIA JOAQUIM NABUCO

Senado reverencia Joaquim Nabuco no centenário de sua morte

TV Senado apresenta especial sobre Joaquim Nabuco

TV Senado exibirá documentário sobre Joaquim Nabuco

Senadores homenageiam Joaquim Nabuco