Senado reverencia Joaquim Nabuco no centenário de sua morte



O Senado vai homenagear o pensador, escritor, diplomata, político e abolicionista Joaquim Nabuco, no período do expediente que antecede a sessão plenária deliberativa desta terça-feira (30), às 14h. O requerimento solicitando o evento é do senador Cristovam Buarque (PDT-DF). A Lei 11.946/09 institui o ano de 2010 como Ano Nacional Joaquim Nabuco, para celebrar o centenário de sua morte, ocorrida em 17 de janeiro de 1910, em Washington.

Nascido no Recife (PE) em 19 de agosto de 1849, Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo foi também historiador, jurista e jornalista, além de ser um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Assumiu o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos, no período compreendido entre 1905 e 1910, e destacou-se na vida política brasileira pela sua luta contra a escravidão.

Filho do jurista e político baiano, senador do império José Tomás Nabuco de Araújo Filho e de Ana Benigna de Sá Barreto Nabuco de Araújo, Joaquim Nabuco exerceu papel de destaque em 1878, na Câmara dos Deputados, fundando a Sociedade Antiescravidão Brasileira. Sua atuação política foi um dos fatores que contribuiu para a abolição da escravatura, em 1888.

Nabuco era monarquista e conciliava essa posição política com sua postura abolicionista. Atribuía à escravidão a responsabilidade por grande parte dos problemas enfrentados pela sociedade brasileira, defendendo, portanto, o fim do trabalho escravo antes de qualquer mudança no cenário político.

Era também um crítico do clero, que em sua opinião, não teria defendido a emancipação dos escravos no Brasil. Ao lado de Ruy Barbosa, Nabuco também assumiu posição de destaque na luta pela liberdade religiosa no Brasil. Ambosdefendiam a separação entre Estado e religião, bem como a laicidade do ensino público.

Casado com Evelina Torres Soares Ribeiro, Joaquim Nabuco teve cinco filhos: Maurício, diplomata e, como o pai, embaixador do Brasil nos Estados Unidos; Joaquim, sacerdote da Igreja Católica; Carolina, escritora; Mariana; e José Tomas. Entre suas obras, destacam-se: Camões e os Lusíadas (1872); L'Amour est Dieu (1874); O Abolicionismo (1883); Campanha abolicionista no Recife (1885); O erro do imperador (1886); Escravos (1886); O dever dos monarquistas (1895); A intervenção estrangeira durante a revolta (1896); e Um estadista do Império (1897-1899).



26/03/2010

Agência Senado


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