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A intenção do grupo era circular pelas instalações das duas Casas empunhando cartazes com críticas ao aumento. No entanto, por decisão das polícias legislativas, eles não foram autorizados a entrar. Por volta das 13h, sem conseguir acesso, eles se retiraram para o gramado em frente ao prédio, mas prometendo retornar ao Congresso na quarta-feira (22).

- Nosso objetivo não era quebrar nada, mas entrar e perguntar aos parlamentares porque eles podem ganhar um aumento de mais de 60% e dão mais de 100% para os ministros. A saúde está ruim, a educação está péssima e poucos brasileiros ganham também bem como eles - disse a estudante Gisele Spindola Marques.

Senadores

Em Plenário, onde ocorria sessão especial para a entrega da Comenda Dom Hélder Câmara a personalidades que se destacaram na área dos direitos humanos, os senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE) e José Nery (PSOL-PA) afirmaram que o direito de manifestação é uma garantia constitucional e pediram que os seguranças agissem com moderação. Nery afirmou ainda que, caso quisessem conversar com a direção das duas Casas, teriam direito a isso.

Informado sobre o protesto, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que se sente feliz quando vê estudantes nas ruas.

- Um país em que os estudantes só ficam em sala de aula e em casa não tem futuro - afirmou.

Quanto ao aumento, Cristovam também disse entender a indignação dos estudantes e pediu que os jovens apoiem projeto que, junto com o senador Pedro Simon (PMDB-RS), ele acabou de apresentar. O objetivo é estender o maior percentual de aumento aprovado, de 148,63%, para o vice-presidente e ministros, aos professores.

- Sonho com o dia em que os estudantes farão movimento para dizer que os parlamentares trabalharam tão bem que fazem por merecer os salários que recebem - disse Cristovam.

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