Estudo do Incor avalia medicamento para impotência em pacientes cardíacos
Pesquisa comprova a eficácia do Sildenafil no tratamento
Pesquisa comprova a eficácia do Sildenatil no tratamento Pesquisa do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (Incor-HC/FMUSP) comprova a eficácia do Sildenafil, nome genérico do Viagra, no tratamento da disfunção erétil em um grupo de pacientes com insuficiência cardíaca congestiva (ICC) – falência progressiva do músculo cardíaco – sem efeitos colaterais importantes. A disfunção erétil em pacientes com ICC é alta e deve-se tanto à doença, que promove circulação central e periférica insuficientes, como aos medicamentos empregados em seu controle. O estudo do Incor teve como objetivo investigar o potencial dano ou ganho do Sildenafil em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva (ICC), determinando seus efeitos. Participou da pesquisa um grupo de 26 pacientes portadores de ICC, com a doença estabilizada por medicamentos, idade acima de 18 anos, apresentando disfunção erétil há mais de quatro meses e relacionamento estável há pelo menos seis meses. Na primeira etapa do trabalho, o grupo passou por testes de tolerância ao medicamento. Após um mês de uso, apenas 13% dos pacientes não tiveram nenhum efeito benéfico do medicamento. Os outros 74% tiveram sucesso, apresentando sintomas toleráveis – vermelhidão na face, dor de cabeça e formigamento nos braços. Durante o estudo, foram analisados diversos parâmetros indicativos de progressão ou complicação da doença, como: ventilação pulmonar, pressão arterial,freqüência cardíaca, atividade neurohormonal, além da própria disfunção. Nenhum deles apresentou alterações significativas em decorrência do uso do medicamento no grupo. O estudo também comprova, quando sob uso do medicamento, que os pacientes apresentam melhor performance e maior resistência física ao tempo de exposição a exercícios. Sob o ponto de vista cardíaco, o resultado aumenta o potencial de utilização do medicamento nesse tipo de doente, o que até então era desaconselhado por especialistas. “Embora animadores, para resultados mais conclusivos, precisamos expandir o estudo a um maior número de pacientes”, diz o Dr. Edmar Boch, pesqui05/25/2001
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