EUA crescem 5,8%, mas ritmo do PIB tende a cair









- EUA crescem 5,8%, mas ritmo do PIB tende a cair

- O PIB dos EUA (a soma dos bens e serviços produzidos no país) cresceu 5,8% no primeiro trimestre em relação ao trimestre anterior. Para analistas, a taxa, sujeita a revisões, sugere o fim da retração econômica vivida pelo país em 2001.

O crescimento - maior do PIB dos EUA desde o ultimo trimestre de 99 - foi possível graças ao aumento maciço de gastos públicos, incluindo aqueles voltados ao combate ao terrorismo, e às menores taxas de juros em 40 anos.

As previsões para os demais trimestres de 2002, porém, são de expansão mais modesta, entre 2,5% e 3,5%. O presidente George W. Bush disse não estar satisfeito com o crescimento, pois sua velocidade deve cair no segundo trimestre.

Há sinais que ainda mostram fragilidades na economia. O consumo das famílias aumentou menos que no último trimestre de 2001, o consumo de bens duráveis caiu 8% e a redução dos estoques das indústrias foi mais lenta. (pág. 1, B1 e B3)

- Um ex-aluno de 19 anos invadiu a escola de onde tinha sido expulso havia algumas semanas e matou 17 pessoas, antes de cometer suicídio, em Erfurt, no leste da Alemanha. Com a expulsão, o jovem havia ficado impedido de prestar o exame para entrar na universidade.

De preto, mascarado e armado com pistola e escopeta, ele matou 13 professores, duas alunas, uma secretária e um policial, no pior caso desse tipo na história do país. (pág. 1 e A12)

- O novo ministro argentino da Economia, Roberto Lavagna, que assume hoje, terá como primeira missão definir a nova cotação do peso ante o dólar, pondo fim ao câmbio flutuante. Analistas acham que ele pode adotar uma banda cambial: a cotação variaria de 2,50 a 3,50 pesos por dólar.
No primeiro trimestre deste ano, as contas públicas argentinas tiveram um rombo de 2,5 bilhões de pesos, praticamente todo o déficit projetado no Orçamento para 2002 - 2,9 bilhões de pesos. (pág. 1 e B4)

- A Polícia Federal afastou da liderança dos inquéritos sobre desvios de verba na extinta Sudam o delegado Deuselino Valadares, que indiciaria nos próximos dias os ex-governadores Roseana Sarney (PFL-MA) e Dante de Oliveira (PSDB-MT).

"Isso tudo é para evitar que eu permaneça no inquérito, termine o trabalho e aponte os cabeças", afirmou o delegado. A PF disse que a decisão não tem raízes políticas. (pág. 1 e A11)

- O presidente dos EUA, George W. Bush, elevou o tom da cobrança para Israel pôr fim à ofensiva em territórios palestinos, pedindo retirada "agora". "Houve algum progresso, mas é hora de abandonar tudo".

O pedido, o mais direto desde que ele defendeu a saída de Israel "sem atraso", em 4 de abril, ocorreu um dia depois de ameaça aos interesses americanos feita a Bush pelo herdeiro do trono saudita. (pág. 1 e A14)

- Pesquisadores da USP encontraram no Pará um vulcão inativo de 1,85 bilhão de anos e caldeira de 22 km de diâmetro. Para cientistas, deve ser o mais antigo já descoberto no País com a estrutura preservada.
Apesar de a região ser quase inacessível, o achado deve ajudar na busca por metais de valor econômico - o vulcão originou depósitos de ouro, cobre e molibdênio. (pág. 1 e A15)


Colunistas

Painel

Brizola (PDT) e a cúpula do PTB decidiram afastar o PPS da Frente Trabalhista nas eleições estaduais. Os dois partidos continuarão ao lado de Ciro Gomes na sucessão de FHC, mas não vão apoiar os candidatos a governador do PPS nem participarão de coligações ao Legislativo.

  • Lula pretende apresentar parte do ministério de seu eventual governo na campanha. Alguns nomes prováveis são João Sayad e Guido Mantega. A intenção do presidenciável petista é acalmar o mercado e mostrar que sua equipe econômica não será vinculada à esquerda do PT.

  • Serra e Nizan Guanaes conversaram por mais de meia hora em uma festa em Brasília na noite de quarta-feira. É grande a possibilidade de o marqueteiro participar, ainda que informalmente, da campanha do tucano, hoje nas mãos de Nelson Biondi. (pág. A-4)


    Editorial

    "FUSÕES NA TELEFONIA"

    Ninguém tem dúvidas quanto à tendência inexorável de consolidação do setor de telecomunicações no Brasil. E isso por uma razão simples: fazia parte do planejamento original da privatização da telefonia brasileira a superação de uma etapa inicial de superconcorrência, seguida por uma fase de consolidação.

    Esse foi o plano do então ministro Sérgio Motta. A julgar pelos pleitos ora apresentados pelas empresas sobretudo multinacionais que passaram a controlar o setor de telefonia no Brasil, esse planejamento original está sob sério bombardeio. (pág. A-2)


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    04/27/2002


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