Ex-ministro Paulo Paiva diz que não permitiria saques com cartões corporativos
O co-responsável pela elaboração do Decreto 2809/98, que permitiu a utilização de cartões de crédito corporativos por funcionários do governo federal, na gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-ministro Paulo Paiva, do Planejamento, Orçamento e Gestão, disse à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga o uso abusivo desses cartões, que não permitiria o saque em dinheiro por ser uma alternativa que permite menos fiscalização sobre o uso indevido.
- Eu não permitiria essa opção - afirmou.
Paulo Paiva lembrou que o decreto permitiu a utilização dos cartões de crédito corporativos exclusivamente para a compra de passagens aéreas com desconto e diárias, para que o governo aproveitasse um beneficio de mercado amplamente utilizado pela iniciativa privada e que possibilitaria a redução dos gastos com viagens de funcionários públicos.
O ex-ministro defendeu a manutenção dos cartões por serem instrumentos modernos e eficientes e por permitirem maiores controle, transparência e economia de dinheiro público. Ele observou que o uso dos cartões deveria ser monitorado por um mecanismo de gestão de risco para melhorar o gerenciamento e obter maior controle social para garantir a transparência.
18/03/2008
Agência Senado
Artigos Relacionados
CPI quer dados sobre os maiores saques efetuados com cartões corporativos
Acolhido pedido de lista de titulares de cartões corporativos que fizeram saques
TCU tem dificuldades para fiscalizar saques em dinheiro dos cartões corporativos, diz secretário
Ministro de Aqüicultura e Pesca defende uso de cartões corporativos
Heráclito Fortes contesta ministro e diz que crise dos cartões corporativos não é artificial
Ministro da Pesca afirma que debates na CPI podem aprimorar utilização de cartões corporativos