Heráclito Fortes contesta ministro e diz que crise dos cartões corporativos não é artificial



Ao discursar nesta segunda-feira (11), o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) disse não concordar com a afirmação do ministro da Justiça, Tarso Genro, de que a oposição estaria criando uma "crise artificial" com o caso dos chamados cartões corporativos. Na opinião de Heráclito, trata-se de um "escândalo sem precedentes" a falta de controle no uso dos cartões.

- É querer colocar debaixo do tapete as irregularidades e os deslizes administrativos cometidos pelos integrantes do governo - disse.

Para Heráclito, a figura do cartão corporativo é positiva, moderna e antiburocrática, o problema foi sim o mau uso do cartão e a falta de fiscalização. O senador condenou o governo por ter envolvido o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no caso dos cartões corporativos. Heráclito disse que o motorista que trabalha para Fernando Henrique é funcionário da Presidência da República, e não do ex-presidente.

Em apartes, os senadores Sibá Machado (PT-AC), Eduardo Suplicy (PT-SP), Sérgio Guerra (PSDB-PE) comentaram o pronunciamento do colega. Sibá frisou que o cartão corporativo favorece a transparência das contas públicas e que o objeto de investigação deve ser o mau uso do cartão e da chamada "conta B". Suplicy disse ser importante haver transparência nas atividades de "qualquer governo". Sérgio Guerra informou que o ex-presidente Fernando Henrique disse não temer investigações contra ele ou seu governo.



11/02/2008

Agência Senado


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