Ex-mulher de Cachoeira e contador conseguem no Supremo direito ao silêncio na CPI



Mais dois depoentes convocados pela CPI do Cachoeira devem usar o direito ao silêncio na comissão. A ex-mulher de Carlinhos Cachoeira, Andréa Aprígio, e o contador Rubmaier Ferreira de Carvalho obtiveram decisões favoráveis em habeas corpus com pedidos de liminar para garantir o direito de permanecerem calados. Os dois depoimentos estão marcados para a quarta-feira (8), a partir das 10h15.

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A decisão favorável a Andréa saiu na última quinta-feira (2). A ex-mulher de Cachoeira é suspeita de atuar como laranja em empresas do ex-marido e é dona da indústria farmacêutica Vitapan, empresa envolvida com a organização. O irmão dela, Adriano Aprígio de Souza, é suspeito de ameaçar por e-mail a procuradora Léa Batista de Oliveira, uma das responsáveis pelas investigações.

O outro depoente que pode ficar calado amanhã é Rubmaier Ferreira de Carvalho. Ele obteve decisão favorável nesta terça-feira (7). Apontado como contador da organização criminosa, Rubmaier é suspeito de ser o responsável pela abertura de empresas de fachada usadas para lavar dinheiro.

Na reunião desta terça-feira, os dois depoentes convocados também não falaram. Tanto a noiva de Cachoeira, Andressa Mendonça, quanto o policial aposentado Joaquim Gomes Thomé Neto não quiseram responder às perguntas dos parlamentares. Para o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), o silêncio é decepcionante, mas não impedirá as investigações.

- Nós temos um arsenal muito grande de material que pode servir para mostrar o caminho dos desvios feitos pela organização criminosa – afirmou.

O senador lembrou que o rito adotado pela CPI, de dispensar os depoentes que não quisessem falar, foi aprovado pela maioria. O procedimento chegou a ser questionado no Supremo Tribunal Federal por parlamentares que queriam ter o direito de perguntar mesmo sem respostas dos depoentes, mas ainda não houve decisão.



07/08/2012

Agência Senado


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